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No pior ano em bolsa, Tesla dá fortuna a "short-sellers"
A desvalorização da empresa em bolsa, que já supera os 60%, vai render a estes investidores cerca de 17 mil milhões de dólares, segundo a S3 Partners.
A Tesla é a empresa que mais lucro vai dar aos "short-sellers" - investidores que apostam na queda de uma determinada ação - este ano. A desvalorização da empresa em bolsa, que já ultrapassa os 60%, vai render a estes investidores cerca de 17 mil milhões de dólares, segundo a S3 Partners.
De acordo com a plataforma financeira de dados, cerca de 2,9% das ações da Tesla admitidas à negociação estão nas mãos dos "short-sellers".
O ano tem sido penoso para a empresa liderada por Elon Musk, cuja queda em bolsa já supera os 60%. Só este mês, a fabricante de veículos elétricos já caiu mais de 40%. Esta é uma rara vitória para os "short sellers", que estão com um retorno de 89% após vários anos de perdas significativas - isto porque a Tesla até no período mais forte da pandemia registou ganhos.
A pesar na empresa estão preocupações quanto à situação geopolítica e a elevada inflação, mas também a compra do Twitter pelo dono da Tesla - que nos últimos meses se desfez de milhares de milhões de dólares em ações da empresa.
Ihor Dusaniwsky, da S3 Partners, prevê que o "short-selling" continue até que as ações da empresa atinjam um fundo, mínimo esse que parece ainda distante para os analistas e investidores.
Esta quinta-feira, um dia após ter chegado a tocar em mínimos desde agosto de 2020, as ações da fabricante de automóveis chegaram a subir 9,64% para os 123,57 dólares, mostrando assim alguns sinais de alívio.