Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Mercado em alvoroço leva autoridades chinesas a pedirem contenção na venda de ações

Sete das últimas oito sessões foram negativas para o índice de referência chinês. Para acalmar os mercados, as autoridades estarão a pedir aos fundos de investimento que evitem a venda de ações.

O forte aumento dos casos do novo coronavírus que teve o seu epicentro na China atirou as bolsas mundiais para a pior semana desde 2008.
Issei Kato/Reuters
  • ...
As autoridades chinesas pediram a alguns fundos de investimento para evitarem vender ações de empresas cotadas, numa altura em que a queda nos mercados acionistas se tem aprofundado.

Segundo noticia a Bloomberg, as bolsas chinesa enviaram um "guidance" a vários fundos de grande dimensão pedindo que não vendam mais ações do que aquelas que já compraram. As informações foram transmitidas aos gestores de fundos através dos executivos das empresas.

Com o crescimento da economia a abrandar, uma crise na indústria do setor bancário "paralelo" (atividade bancária fora do setor tradicional) e os ativos locais a perderem valor, as autoridades estão novamente a recorrer a esta orientação.

Em fevereiro de 2020, no "crash" das bolsas chinesas, depois de alguns dias em que os mercados se encontraram encerrados devido aos feriados do Ano Novo Chinês e no pico do aumento de casos de covid-19, a mesma estratégia foi utilizada. O regulador dos mercados fez saber junto das corretoras que os "traders" estavam impedidos de vender ações por uma semana e, mesmo quando os mercados abriram, só o podiam fazer para o resgate de ações, ou seja, quando uma empresa exige aos acionistas que vendam ações à própria empresa.

O índice de referência chinês, o CSI 300, tem sido fortemente penalizado nas últimas semanas, tendo registado perdas em sete das últimas oito sessões e desvalorizou 2,3% na passada sexta-feira, a maior queda num só dia desde outubro. A possibilidade de incumprimento por parte da gigante Country Garden está a gerar receios de um contágio.

No entanto, este botão de emergência, indica a Bloomberg, que foi também acionado em setembro, nem sempre parece funcionar. Nessa altura, o "benchmark" chinês acabou por desvalorizar 10% nas sessões seguintes,  para atingir mínimos de três anos, dado que os "players" de mercado são em larga escala investidores de retalho.
Ver comentários
Saber mais Bloomberg macroeconomia mercado e câmbios mercado financeiro
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio