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Banco central da China reduz taxa de juros para dar novo impulso à economia

O Banco do Povo da China (banco central) injetou o equivalente a cerca de 50 mil milhões de euros, com uma taxa de juros a um ano de 2,5%.

A moeda chinesa arrastou as bolsas de todo o mundo no Verão de 2015. Na madrugada de 10 para 11 de Agosto, o Banco Popular da China anunciou a maior desvalorização do yuan desde os anos 90, ao mesmo tempo que flexibilizava a cotação da sua divisa. A decisão fez tremer os mercados, uma vez que os investidores começaram a ter dúvidas sobre a real saúde da economia chinesa. A desvalorização foi entendida como um sinal de preocupante debilidade, como que numa tentativa de evitar que a sua desaceleração após um crescimento em torno de dois dígitos resultasse numa recessão.
Praticamente todo o mês de Agosto foi de queda nas bolsas, tendo a sessão de dia 24 sido apelidada de 'segunda-feira-negra', uma vez que se viveu 'mini-crash'. No dia seguinte, a China voltou a intervir para tentar travar a espiral de queda nos mercados e o banco central avançou com o quinto corte de juros desde Novembro de 2014, numa tentativa de estimular a economia. Resultou: as bolsas mundiais dispararam, a corrigirem da pior sessão em sete anos.
Reuters
15 de Agosto de 2023 às 09:00
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O banco central da China baixou esta terça-feira a taxa de referência para empréstimos de médio prazo, visando "manter níveis de liquidez razoáveis no sistema bancário", numa altura em que os dados económicos estão aquém das expectativas.

O Banco do Povo da China (banco central) injetou o equivalente a cerca de 50 mil milhões de euros, com uma taxa de juros a um ano de 2,5%. Isto representa um corte de 15 pontos base na taxa para empréstimos a instituições financeiras, face ao mês anterior.

O indicador, estabelecido como referência para as taxas de juros em 2019, é usado para definir o preço dos novos empréstimos - geralmente para as empresas - e do crédito com juros variáveis, que está pendente de reembolso.

O cálculo é realizado com base nas contribuições para os preços de uma série de bancos - incluindo os pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a empréstimos malparados - e visa reduzir os custos do crédito e apoiar a "economia real".

A decisão faz parte dos esforços do governo para "reforçar o ajuste anticíclico e estabilizar as expectativas do mercado", segundo um despacho difundido pela agência noticiosa oficial Xinhua.

O banco central também anunciou a injeção de o equivalente a quase 26 mil milhões de euros, por meio de acordos de recompra reversa ('reverse repo'), por um prazo de sete dias, no qual a entidade emissora compra valores aos bancos comerciais a um preço específico com o compromisso de revendê-los a um preço fixo mais tarde.

A operação foi realizada com uma taxa de juro de 1,8%, abaixo da taxa anterior, de 1,9%.

A medida ocorre no mesmo dia da divulgação dos dados da produção industrial do país, que cresceu 3,7%, em termos homólogos, em julho, valor que representa uma desaceleração em relação aos dados de junho (4,4%).

O valor do sétimo mês do ano ficou aquém das previsões mais difundidas entre os analistas, que esperavam um avanço de cerca de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022.

Após um início de ano promissor, a recuperação económica pós-pandemia mostra sinais de desaceleração. A débil procura doméstica e internacional, riscos de deflação e estímulos insuficientes, a par de uma crise imobiliária e falta de confiança no setor privado são as principais causas para o abrandamento da segunda maior economia mundial, segundo os analistas.
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