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Melhoria do emprego nos EUA reforça aposta numa Fed agressiva e Wall Street cai
As bolsas do outro lado do Atlântico fecharam em baixa, registando um saldo semanal negativo, com os bons dados das contratações nos EUA a abrirem caminho para o banco central continuar a ser agressivo no combate à inflação.
O índice industrial Dow Jones fechou a sessão desta sexta-feira a ceder 1,05% para 32.899,70 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 recuou 1,63% para 4.108,54 pontos. Nas últimas nove semanas, esta foi a oitava em que o índice teve saldo vermelho.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 2,47%, fixando-se nos 12.012,73 pontos.
A Tesla arrastou o setor tecnológico depois de o seu CEO, Elon Musk, ter anunciado que pretende reduzir o número de trabalhadores da fabricante de veículos elétricos.
A contrabalançar estiveram as cotadas da energia, que ganharam terreno à conta da subida dos preços do petróleo.
Os dados robutos do mercado laboral nos EUA – com as contratações a aumentarem em 390 mil em maio, contra estimativas de 318 mil – abrem caminho para a Reserva Federal prosseguir com medidas agressivas para conter a inflação, o que fez cair ainda mais as bolsas em Wall Street.
Com efeito, a tendência negartiva agudizou-se quando foram revelados os dados do mercdo de trabalho, que mostram que se mantém suficientemente forte para a Fed subir rapidamente os juros diretores.
O mercado já estava a antecipar que o banco central eleve a taxa dos fundos federais em 50 pontos base nas suas duas próximas reuniões de política monetária (em junho e julho). No entanto, agora já começa a haver apostas de que a Fed procederá a um terceiro aumento dessa magnitude na reunião de setembro.
Depois de, há dois dias, o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, ter alertado para o facto de as políticas restritivas do banco central ameaçarem mergulhar a economia norte-americana numa recessão, hoje foi a presidente executiva do Citi, Jane Fraser, que disse achar que os EUA terão dificuldades em evitar uma recessão.