Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Médio Oriente, "earnings season" e economia robusta baralham Wall Street

Os principais índices do outro lado do Atlântico negociaram sem rumo definido. O foco esteve no conflito em Israel, bem como nos dados da economia dos EUA e nos resultados de algumas grandes empresas.

O relatório de estabilidade financeira global do FMI aponta para um agravamento substancial dos riscos.
Brendan McDermid/Reuters
17 de Outubro de 2023 às 21:26
  • ...
Os principais índices norte-americanos encerraram mistos esta terça-feira, num dia em que os investidores estiveram a avaliar os dados das vendas a retalho nos Estados Unidos que foram superiores ao esperado, bem como os resultados de algumas grandes empresas.

Os números mostram uma economia ainda resiliente, o que dá força à possibilidade de as taxas de juro diretoras, definidas pela Reserva Federal, permanecerem elevadas durante mais tempo do que era previsto.

O S&P 500, referência para a região, deslizou 0,01% para 4.373,20 pontos, o industrial Dow Jones avançou 0,04% para 33.997,65 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,25%, para 13.533,75 pontos.

As vendas a retalho subiram 0,7% em setembro, o que compara com estimativas de um crescimento de 0,3%, segundo os economistas inquiridos pela Reuters.

Entre os movimentos de mercado, o Bank of America, que apresentou contas referentes ao terceiro trimestre do ano antes da abertura da sessão, avançou 2,33%.

O BofA lucrou 7,8 mil milhões de dólares entre julho e setembro, um aumento de 10% face ao mesmo período do ano passado. Os resultados do banco foram impulsionados por ganhos superiores ao esperado na margem financeira, a diferença entre os juros pagos nos empréstimos e cobrados nos depósitos.

Já o Goldman Sachs, que também apresentou os resultados do terceiro trimestre antes do início da sessão, recuou 1,6%. O banco liderado por David Solomon registou uma queda de 33% nos lucros para 2,06 mil milhões de dólares. Ainda assim os resultados são superiores às estimativas dos analistas, dadas as receitas superiores ao esperado com o segmento de "trading".

Já as fabricantes de "chips" Nvidia e AMD desvalorizaram 4,68% e 1,24%, respetivamente, depois de a Administração Biden ter anunciado um novo aperto à exportação destas componentes para a China, segundo a Bloomberg.

O mercado está ainda atento ao desenrolar do conflito no Médio Oriente. Esta terça-feira o líder supremo do Irão, o Ayatollah Ali Khamenei, afirmou, citado pela Reuters, que o "genocídio" de palestinianos na Faixa de Gaza devia parar imediatamente, gerando preocupações de que o conflito poderá escalar.

O presidente norte-americano, Joe Biden, vai visitar Israel esta quarta-feira, depois de a Casa Branca ter afirmado que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha acordado em permitir que ajuda humanitária fosse dada à população na Faixa de Gaza.
Ver comentários
Saber mais Mercado e bolsa Lucros Joe Biden Médio Oriente Faixa de Gaza Reuters Bank of America Benjamin Netanyahu David Solomon Estados Unidos Casa Branca Advanced Micro Devices Nvidia Nasdaq Bloomberg Goldman Sachs S&P
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio