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Luz Saúde suspende entrada em bolsa

A operação de colocação de uma participação minoritária da Luz Saúde não vai avançar para já. Em causa estão as negativas condições de mercado, justifica a Fidelidade.

Pelo crescimento que tem tido, a Luz Saúde tem capacidade para gerar retornos aos acionistas, segundo os analistas. Lembram que o setor não tem grande representatividade na Europa.
Natália Ferraz
A Fidelidade suspendeu esta terça-feira os planos para colocar uma participação minoritária da Luz Saúde em bolsa. A seguradora detém 85% do capital e a ideia seria abrir o capital através da venda de uma posição minoritária.

"Apesar do elevado interesse suscitado junto dos investidores, a Fidelidade e a Luz Saúde decidiram não avançar com a operação de colocação em bolsa da Luz Saúde", pode ler-se no comunicado da Fidelidade.

A decisão foi tomada devido à "instabilidade recente nos mercados de capitais, agravada pelas tensões no Médio Oriente". "A volatilidade dos mercados atingiu níveis elevados e os principais índices bolsistas globais desvalorizaram, sistematicamente, nos últimos dias", refere.

Neste contexto, a seguradora considera não estarem reunidas as condições que permitam uma "correta valorização do ativo", a Luz Saúde.

A Fidelidade informa ainda que "continuará a avaliar opções geradoras de valor para o ativo, não existindo, contudo, qualquer pressão para a realização da operação em condições que não sejam consideradas as mais adequadas".

O relatório único integrado de gestão da Fidelidade relativo a 2023 indicava que a empresa estava a trabalhar para colocar parte do capital da Luz Saúde em bolsa, mas avisou que isso só aconteceria num momento favorável para a operação.

Em março deste ano a seguradora anunciou a intenção de reintegrar a Luz Saúde na bolsa de Lisboa, da qual tinha saído em 2018, com a expetativa de encaixar 100 milhões de euros na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).

A Fidelidade é controlada pela Fosun, que também é acionista do BCP. A empresa chinesa tem uma participação de quase 85%, sendo os restantes 15% detidos pela Caixa Geral de Depósitos.

(Notícia atualizada às 15:15)
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