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Lucros da dona da bolsa de Lisboa sobem 17% para 513,6 milhões. Negociação de energia bate recorde

As receitas não relacionadas com o volume de negociação representaram 60% das receitas subjacentes. O grupo, que detém a bolsa de Lisboa, propõe distribuir um dividendo de 2,48 euros por ação.

15 de Fevereiro de 2024 às 16:45
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A dona da bolsa de Lisboa e outras praças europeias, a Euronext, registou uma subida homóloga de 17,3% dos lucros para 513,6 milhões de euros, segundo o relatório e contas apresentado esta quinta-feira.

Em comunicado, o grupo liderado por Stéphane Boujnah explica que estes números refletem "53 milhões de euros de ganhos de capital, assente no ambiente positivo de taxas de juro e numa base de comparação positiva em 2022".

O EBITDA (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) ajustado para o ano totalizou 864,7 milhões de euros, um aumento de 0,4% em relação a 2022. "Isto representa uma margem EBITDA ajustada de 58,6%, estável em comparação com 2022".

As receitas e rendimentos do ano aumentaram 3,9% para 1.474,7 milhões de euros. "Este desempenho assentou, nomeadamente, em atividades não relacionadas com o volume de negociação e na negociação de renda fixa ("fixed income trading"), que registou um crescimento de dois dígitos em todas as classes de ativos".

Além disso, a atividade de negociação de energia também registou um ano recorde, com um aumento das receitas na ordem dos 14,5%, tendo como base, principalmente, o mercado intradiário de energia, em que os volumes duplicaram em relação a 2022.

As receitas não relacionadas com o volume de negociação representaram 60% das receitas subjacentes do grupo em 2023, um aumento de 9,7% em comparação com as receitas subjacentes não relacionadas com o volume de 2022, "impulsionadas pelos serviços na área da tecnologia e pelos serviços de dados avançados", refere a Euronext.

Os custos diminuíram 1% no quarto trimestre, resultando em custos totais para o ano de 610 milhões de euros, tendo ainda ficado abaixo do "guidance", que apontava para os 618 milhões de euros.


"Este bom desempenho dos custos, apesar das pressões inflacionistas, resultou do controlo dos custos e foi também apoiado por uma liberação de provisões pontual de 6,3 milhões de euros e por um impacto positivo de 11,4 milhões de euros da depreciação da moeda norueguesa", refere a Euronext.

 

Estes dois fatores "compensaram na totalidade as pressões inflacionistas e os custos incorridos no apoio a novas iniciativas de crescimento", acrescenta.

 

Perante estes resultados, a administração liderada por Stéphane Boujnah vai propor um dividendo de 2,48 euros por ação, que fica acima dos 2,22 euros distribuídos relativamente ao exercício do ano anterior e que corresponde a um montante total de 256,8 milhões de euros. O "payout" é de 50%.

 

Das contas para as entradas em bolsa, as praças geridas pelo grupo atraíram 64 novas empresas, 13 das quais internacionais.

 

A Euronext continuou a ser o principal local de cotação de dívida a nível mundial, sendo agora praça de mais de 55.000 obrigações. Em 2023, a Euronext acolheu 494 novas emissões de obrigações ligadas a critérios de sustentabilidade ambiental, social e de governação (ESG), um aumento de mais de 20% em relação a 2022.

 

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