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KKR garante 78,9% da Greenvolt e lança OPA obrigatória para comprar restante capital

O fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR) avança agora uma oferta pública de aquisição geral e obrigatória, quando em dezembro a OPA era voluntária.

CEO da Greenvolt disse que os fundos do PRR acabaram por ter um efeito negativo “ao adiar investimentos que ficaram parados à espera de apoio”.
Duarte Roriz
31 de Maio de 2024 às 21:56
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A operação de aquisição de ações da Greenvolt pelo fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR), com o objetivo de conseguir uma posição maioritária na empresa de energias renováveis, foi bem sucedida.

 

Segundo o comunicado divulgado nesta sexta-feira junto da CMVM, a KKR conseguiu assegurar 78,9% da empresa de energias renováveis: 60,86% através da compra que já tinha definido com os sete principais acionistas da Greenvolt e mais 18,04% adquiridos pelo banco italiano Mediobanca – mandatado para comprar no mercado até 19,9% das ações da empresa liderada por João Manso Neto (na foto), a um preço unitário máximo de 8,30 euros, no âmbito de um acordo de "swaps".

 

Esse acordo de "swaps" foi celebrado entre a GVK Omega – sociedade-veículo criada pela Gamma Lux (que, por sua vez, é detida pela KKR) – e o Mediobanca (através da K-Infra Gamma Aggregator), com as posições compradas pelo banco italiano a serem imputadas aos fundos da KKR e à Gamma Lux.

 

O valor de 8,30 euros, recorde-se, foi a contrapartida oferecida pelo fundo norte-americano no anúncio preliminar da oferta pública de aquisição (OPA) voluntária sobre a empresa energética, feito no passado dia 21 de dezembro pela sua empresa Gamma Lux, e que foi aceite pelos referidos sete acionistas – detentores de 60,86% do capital da empresa.

A operação teria de estar concluída a 31 de maio. E a OPA voluntária passa, agora, a ser obrigatória, para a KKR poder adquirir o restante capital.


"A oferente informa (…) sobre a aquisição das ações detidas por Actium Capital; Caderno Azul; Livrefluxo; Promendo Investmentos; V-Ridium Holding Limited; KWE Partners Ltd.; e 1 Thing Investments, na qualidade de vendedores, num montante global de 84.699.101 ações correspondentes a 60,86% dos direitos de voto da Greenvolt na presente data, ao abrigo dos sete contratos de compra e venda de ações celebrados em 21 de dezembro de 2023 com os acionistas vendedores", refere o comunicado divulgado esta sexta-feira na CMVM.

 

Assim, "como consequência da aquisição pela oferente das ações ao abrigo dos contratos de compra e venda de ações e da imputação à oferente de uma percentagem superior a 50% dos direitos de voto inerentes às ações da Greenvolt, a oferta pública de aquisição voluntária foi convolada em oferta pública de aquisição geral e obrigatória", explica.

 

A contrapartida oferecida pela KKR nesta OPA para comprar a posição que ainda não detém na Greenvolt mantém-se nos 8,30 euros por ação – com o fundo a sublinhar que representa um prémio de 32,1% face ao preço médio das ações da empresa liderada por Manso Neto nos seis meses anteriores ao anúncio da oferta de aquisição feito em dezembro.

 

O preço oferecido constitui também um prémio de 95,3% face ao valor de 4,25 euros de cada ação na sua estreia em bolsa, a 15 de julho de 2021.

 

Este valor está igualmente acima dos 7,3 euros definidos em inícios de abril por um perito independente da EY como contrapartida mínima da oferta.

 

Após esta OPA geral e obrigatória, se a KKR ficar com 90% ou mais da Greenvolt, as ações da empresa de energias renováveis serão excluídas da bolsa, diz ainda o comunicado.

 

A Greenvolt encerrou a sessão desta sexta-feira a somar 0,06% para 8,3050 euros.

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