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KKR exerce direito de conversão de obrigações da Greenvolt em ações

A operação do fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR) diz respeito a 200 milhões de euros de obrigações convertíveis.

Manso Neto é o presidente executivo da Greenvolt.
Paulo Calado
03 de Junho de 2024 às 20:24
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O GV Investor Bidco, que pertence ao fundo norte-americano KKR, comunicou à Greenvolt que vai exercer o direito de conversão referente às obrigações convertíveis emitidas pela empresa de energias renováveis designadas "€200,000,000 4.75 per cent. Senior Unsecured Conditionally Convertible Bonds due 2030".

 

Assim, depois de na sexta-feira ter comunicado à CMVM que a KKR garantiu o seu controlo acionista, através de duas operações distintas, a empresa liderada por João Manso Neto (na foto) informou agora ter sido notificada sobre o exercício deste direito de conversão das referidas obrigações em ações, que vêm somar-se às que o fundo já detinha.

 

Na passada sexta-feira a Greenvolt informou que a KKR tinha conseguido assegurar 78,9% da empresa de energias renováveis: 60,86% através da compra que já tinha definido com os sete principais acionistas da Greenvolt e mais 18,04% adquiridos pelo banco italiano Mediobanca – mandatado para comprar no mercado até 23,37% das ações da empresa a um preço unitário máximo de 8,30 euros, no âmbito de um acordo de "swaps".

Esse acordo de "swaps" foi atualizado esta segunda-feira. Através de um comunicado, a Greenvolt revelou que a percentagem máxima de ações a serem adquiridas através do contrato celebrado entre a GVK Omega – sociedade-veículo criada pela Gamma Lux (que, por sua vez, é detida pela KKR) – e o Mediobanca (através da K-Infra Gamma Aggregator), passou de 19,9% para 23,37%. As posições compradas pelo banco italiano continuam a ser totalmente imputadas aos fundos da KKR e à Gamma Lux.

 

O valor de 8,30 euros, recorde-se, foi a contrapartida oferecida pelo fundo norte-americano no anúncio preliminar da oferta pública de aquisição (OPA) voluntária sobre a empresa energética, feito no passado dia 21 de dezembro pela sua empresa Gamma Lux, e que foi aceite pelos referidos sete acionistas – detentores de 60,86% do capital da empresa.

A operação teria de estar concluída a 31 de maio. E a OPA voluntária passa, agora, a ser obrigatória, para a KKR poder adquirir o restante capital.


"A oferente informa (…) sobre a aquisição das ações detidas por Actium Capital; Caderno Azul; Livrefluxo; Promendo Investmentos; V-Ridium Holding Limited; KWE Partners Ltd.; e 1 Thing Investments, na qualidade de vendedores, num montante global de 84.699.101 ações correspondentes a 60,86% dos direitos de voto da Greenvolt na presente data, ao abrigo dos sete contratos de compra e venda de ações celebrados em 21 de dezembro de 2023 com os acionistas vendedores", referia o comunicado.

 

Assim, "como consequência da aquisição pela oferente das ações ao abrigo dos contratos de compra e venda de ações e da imputação à oferente de uma percentagem superior a 50% dos direitos de voto inerentes às ações da Greenvolt, a oferta pública de aquisição voluntária foi convolada em oferta pública de aquisição geral e obrigatória", explicava o documento.

 

A contrapartida oferecida pela KKR nesta OPA para comprar a posição que ainda não detém na Greenvolt mantém-se nos 8,30 euros por ação.

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