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Juiz dita fim da fusão da Staples e Office Depot
A Staples e a Office Depot cancelaram a fusão após um juiz norte-americano ter concordado com os reguladores sobre os problemas de concorrência colocados pela união das gigantes de material de escritório.
A Staples e a Office Depot cancelaram a sua fusão. Um juiz federal, nos EUA, deu razão às acusações de concorrência desleal suscitadas pela Comissão Federal do Comércio, considerando que a fusão criaria um "gigante sem rival" no mercado, indica a Bloomberg.
O acordo para adquirir a Office Depot por 6,3 mil milhões de dólares (mais de 5,5 mil milhões de euros) foi alcançado em Fevereiro do ano passado. Enfrentou desde então questões regulatórias, na Europa e nos EUA. Esta segunda-feira, um juiz nos EUA confirmou que a fusão coloca problemas de concorrência e concentração do mercado, levando a empresa a recuar.
"Há uma probabilidade da fusão anunciada afectar significativamente a concorrência na venda e distribuição de material de escritório", declarou o juiz Emmet Sullivan, citado pela Bloomberg. A empresa anunciou que não irá recorrer da decisão e que termina o acordo de fusão, indica a agência de notícias.
A operação tinha sido aprovada pela Comissão Europeia, em Fevereiro, mas com condições. A empresa norte-americana teria de vender todo o seu negócio na Suécia e desinvestir na actividade de distribuição na Europa.
A oposição das entidades reguladoras por questões de concorrência tem motivado o cancelamento de vários negócios de consolidação este ano. No início do mês, a Halliburton e a Baker Hughes recuaram na fusão de 34,6 mil milhões de dólares (30,1 mil milhões de euros). A petrolífera teve que pagar uma indemnização de 4,5 mil milhões por cancelar o negócio.
O fim do acordo das petrolíferas surgiu menos de um mês depois de mudanças legislativas terem conduzido igualmente à retirada da oferta da Pfizer para comprar a Allergan, numa operação no valor de 160 mil milhões de dólares.