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JPMorgan: Expansão da economia vai continuar a suportar acções europeias

A gestora de activos do JPMorgan vê boas oportunidades nos activos de risco e a Europa é a região preferida para investir.

O JPMorgan acredita que a subida de juros na Zona Euro não deverá ocorrer antes de 2019. Bruno Simão
24 de Outubro de 2017 às 13:44
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A JPMorgan Asset Management continua a recomendar a exposição a activos de maior risco. Para a gestora de activos, a Europa apresenta as melhores oportunidades de investimento, antecipando que os lucros das empresas do Velho Continente continuem a crescer, suportados pela evolução positiva da economia da região.

"O crescimento na Europa foi uma surpresa positiva, com a região a apresentar o crescimento mais forte desde 2011", explicou Miguel Luzárraga, responsável da JPMorgan Asset Management para a Península Ibérica, num pequeno-almoço com jornalistas em Lisboa. O especialista justifica o bom comportamento da economia europeia com o aumento da confiança, consumo e do crédito, o que se tem também reflectido numa quebra dos números do desemprego.

Face a este quadro de recuperação, Luzárraga argumenta que há boas oportunidades de investimento na Europa, num momento em que as empresas deverão continuar a apresentar crescimento dos resultados, apesar do euro negociar em valores elevados.

"50% dos lucros das empresas europeias ficam na Europa. 50% são gerados fora, em países como os EUA, o Japão e os mercados emergentes", explicou o responsável, adiantando, porém, que a fatia dos resultados realizada fora da Europa deverá continuar forte, uma vez que a exposição está em economias com forte crescimento.

O JPMorgan mantém ainda uma visão positiva para as acções do Japão e dos países emergentes, argumentando que, perante as baixas taxas de juro, não compensa investir em obrigações.

Quanto ao mercado norte-americano, a gestora de activos do banco com sede nos EUA adianta que estamos na última fase do ciclo "mas os dados macroeconómicos ainda são fortes". Apesar dos EUA estarem agora "num período de amadurecimento económico, nesta fase de expansão da economia podem ainda acontecer dois a quatro anos de crescimento", aponta o responsável da JPMorgan AM pela Ibéria.

Menos estímulos

A dois dias da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), Luzárraga diz que Mario Draghi deverá anunciar uma redução do programa de compras, mas subidas de juros na Zona Euro não deverão ocorrer antes de 2019.

Já nos EUA, a política monetária está numa fase diferente. A expectativa é de mais uma subida de juros na reunião de Dezembro e mais três aumentos em 2018, ao mesmo tempo que a Reserva Federal dos EUA prossegue com a redução do balanço.

Tudo somado, apesar do início da retirada de estímulos, a política monetária vai manter-se acomodatícia e continuar a favorecer os activos de risco, prevê o mesmo responsável.

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