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Jerónimo Martins: CaixaBank BPI sobe target e vê potencial de mais de 20%

Os dados preliminares sobre as vendas da Jerónimo Martins no ano passado reforçaram a visão positiva dos analistas do CaixaBank BPI, que melhoraram esta quinta-feira o preço-alvo para as ações da retalhista.

Lusa
16 de Janeiro de 2020 às 11:50
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Numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, o CaixaBank BPI melhora o "target" para as ações da Jerónimo Martins de 18,65 para 19,10 euros, o que atribui aos títulos um potencial de valorização de 20,5% tendo em conta o valor de fecho da última sessão (15,85 euros). A recomendação mantém-se em "comprar".

Na nota de research, os analistas destacam que a Jerónimo Martins revelou vendas comparáveis (LfL) "fortes" na Colômbia e na Polónia, sendo que, neste último caso – onde o LfL aumentou 7,7% no último trimestre - os números são descritos como "impressionantes".

E a expectativa dos analistas é que a evolução positiva do negócio na Polónia se irá manter, já que as perspetivas para a economia do país "são fortes".

"A economia polaca enfrenta perspetivas fortes (acima da média europeia), o imposto sobre as retalhistas não deverá ser um tema, no curto prazo, e antecipamos margens estáveis na Polónia em 2020", afirmam os analistas, justificando a subida do preço-alvo para as ações.

"A Jerónimo Martins negoceia em linha com referências históricas e com o Estoxx Retail. Excluindo as perdas na Colômbia, a JM negociaria com um desconto de 15%", acrescentam.

A Jerónimo Martins revelou na terça-feira que fechou o ano passado com receitas de 18,6 mil milhões de euros, o que traduz um aumento de 7,5% face ao ano anterior.

O LfL (vendas comparáveis) do conjunto do ano foi de 5,3%, abaixo do aumento de 6,9% referente ao quarto trimestre.

 

As vendas ficaram acima do esperado pelos analistas – os especialistas consultados pela Bloomberg antecipavam um total de 18,51 mil milhões – e foram suportadas sobretudo pela evolução do negócio na Polónia, onde a empresa opera sob a insígnia Biedronka, que viu as receitas crescerem 7,9%, de 11.691 milhões de euros, em 2018, para 12.621 milhões de euros no ano passado.

 

As ações completaram ontem uma série de oito sessões consecutivas de ganhos e tocaram no valor mais elevado desde março de 2018.

Esta quinta-feira os títulos recuam 0,85% para 15,715 euros.

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