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Isabel dos Santos: “Estamos a discutir” se o IPO do BFA será feito “em Londres ou em Lisboa”

A empresária angolana revelou no final da semana passada que estão a preparar a entrada em bolsa do Banco de Fomento de Angola e a venda de uma participação no BIC. Neste último caso deverá ser feita a privados e a operação deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2018.

Sara Antunes saraantunes@negocios.pt 11 de Dezembro de 2017 às 13:07

Os accionistas do Banco de Fomento de Angola (BFA) estão a preparar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do banco, revelou ainda na sexta-feira, 8 de Dezembro, Isabel dos Santos, durante uma conferência no Egipto, citada pela Bloomberg.

 

O BFA é detido em 51,9% pela Unitel, que é controlada por Isabel dos Santos, e em 48,1% pelo BPI.

 

A operação deverá incidir sobre 25% do capital do BFA e deverá ser realizada no primeiro trimestre de 2019. Onde? "Ainda estamos a discutir sobre qual seria o melhor local Londres ou Lisboa", afirmou a empresária angolana. "Mas já deixámos clara a nossa intenção ao banco central de Angola e a perspectiva [dos responsáveis] foi positiva".


Tendo em vista o IPO do BFA, "contratámos alguns conselheiros financeiros" para ajudarem a organizar a operação, adiantou Isabel dos Santos.

 

A empresária revelou também a intenção de vender uma parcela do Banco BIC. Neste caso seria através de uma colocação privada. Apesar de ainda não ter sido decidido qual a percentagem do capital do BIC que será vendida, esta operação deverá ocorrer ainda no primeiro trimestre de 2018.

 

A venda desta posição deverá servir para ajudar o BIC a expandir-se, adiantou a responsável, que revelou ainda que o banco está a analisar oportunidades de investimento em África e Ásia. Actualmente, o Banco BIC opera em Angola, Namíbia, Cabo Verde e Portugal – onde actua sob a marca Eurobic. "Estamos à procura de fusões, estamos a analisar aquisições. Temos um plano algo agressivo de aquisições", adiantou.

 

"Estes bancos têm vindo a fortalecer-se e penso que agora é altura de abrirem o seu capital e receberem novos accionistas", afirmou Isabel dos Santos, que acrescentou que no caso do BIC seria preferível um accionista que já actuasse no sector bancário. 


Investimento na Galp "é estável"

 

Isabel dos Santos falou ainda sobre o seu despedimento da Sonangol, algo que considerou "normal", uma vez que houve mudança de poder em Angola. E diz que esta questão não vai afectar o seu investimento na Galp Energia, onde detém uma participação indirecta através de uma holding, que inclui a Sonangol e os herdeiros de Américo Amorim. "Isto são duas coisas diferentes", sublinhou. "O investimento na Galp é um investimento muito antigo, remonta a 2008. É um investimento estável", salientou.

 

Sobre a operadora de telecomunicações Nos, Isabel dos Santos diz que tenciona manter este investimento. "Gosto de pensar que o nosso investimento na Nos é um investimento que permitirá [à operadora] gerar mais crescimento e olhar para a possibilidade de crescer noutras áreas, quer dentro quer fora de Portugal", adiantou. 

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