Notícia
Inflação acima do esperado em março derruba Wall Street
Os números da inflação levaram a um menor apetite dos investidores pelo risco, com o mercado a antecipar agora menos cortes dos juros este ano. O industrial Dow Jones recuou mais de 1%.
As bolsas norte-americanas tropeçaram esta quarta-feira na leitura da inflação de março, que superou as estimativas dos economistas com um aumento para 3,5%.
O S&P 500, referência para a região, desvalorizou 0,95% para 5.160,64 pontos, o industrial Dow Jones recuou 1,09% para 38.461,51 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cedeu 0,84% para 16.170,36 pontos.
A subida da inflação (pelo terceiro mês consecutivo) adensou os receios de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana não terá pressa para começar a descer os juros, com o mercado a antecipar agora apenas dois cortes dos juros este ano.
A ata da última reunião da Fed, hoje conhecida, mostra que praticamente todos os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC na sigla em inglês) consideraram que será "apropriado" descer as taxas de juro algures este ano, mas, desde então, a inflação tem-se mostrado persistente, o que poderá levar a uma mudança de posição.
E isto, considera Tiffany Wilding, da Pacific Investment Management, complica o "timing" do corte dos juros por parte do banco central. A analista considera que não só existe um forte argumento para adiar uma primeira descida para a segunda metade do ano, como aumenta a hipótese de a Fed descer os juros a um ritmo mais gradual que outros bancos centrais, justifica em declarações à Bloomberg.
"Neste momento, a inflação é como a criança teimosa que se recusa a ouvir o pedido dos pais para sair do recreio. Como tal, os investidores devem preparar-se para um ciclo de taxas elevadas durante mais tempo", acrescenta Jason Pride, da Glenmede.
Para Jamie Cox, da Harris Financial, e Greg McBride, da Bankrate, um corte dos juros em junho é praticamente uma miragem.
O próprio Joe Biden, presidente norte-americano, afirmou hoje que a inflação acima do esperado poderá adiar por um mês a redução dos juros. Isto apesar de manter a "convicção de que as taxas vão descer até ao final do ano".
A pesar no apetite dos investidores pelo risco estiveram também as notícias de que estão iminentes ataques do Irão ou aliados contra alvos militares e governamentais em Israel, o que levou a uma subida de mais de 1% dos preços do petróleo. A confirmar-se, marcaria uma escalada significativa do conflito no Médio Oriente.
O S&P 500, referência para a região, desvalorizou 0,95% para 5.160,64 pontos, o industrial Dow Jones recuou 1,09% para 38.461,51 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cedeu 0,84% para 16.170,36 pontos.
A ata da última reunião da Fed, hoje conhecida, mostra que praticamente todos os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC na sigla em inglês) consideraram que será "apropriado" descer as taxas de juro algures este ano, mas, desde então, a inflação tem-se mostrado persistente, o que poderá levar a uma mudança de posição.
E isto, considera Tiffany Wilding, da Pacific Investment Management, complica o "timing" do corte dos juros por parte do banco central. A analista considera que não só existe um forte argumento para adiar uma primeira descida para a segunda metade do ano, como aumenta a hipótese de a Fed descer os juros a um ritmo mais gradual que outros bancos centrais, justifica em declarações à Bloomberg.
"Neste momento, a inflação é como a criança teimosa que se recusa a ouvir o pedido dos pais para sair do recreio. Como tal, os investidores devem preparar-se para um ciclo de taxas elevadas durante mais tempo", acrescenta Jason Pride, da Glenmede.
Para Jamie Cox, da Harris Financial, e Greg McBride, da Bankrate, um corte dos juros em junho é praticamente uma miragem.
O próprio Joe Biden, presidente norte-americano, afirmou hoje que a inflação acima do esperado poderá adiar por um mês a redução dos juros. Isto apesar de manter a "convicção de que as taxas vão descer até ao final do ano".
A pesar no apetite dos investidores pelo risco estiveram também as notícias de que estão iminentes ataques do Irão ou aliados contra alvos militares e governamentais em Israel, o que levou a uma subida de mais de 1% dos preços do petróleo. A confirmar-se, marcaria uma escalada significativa do conflito no Médio Oriente.