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Impresa dispara mais de 13% após compra da Media Capital

As acções da Impresa dispararam, a reflectir a compra da Media Capital por parte dos franceses da Altice. O negócio, avaliado em 440 milhões de euros dá “uma referência positiva” para a Impresa, considera o BPI.

O CaixaBI tem uma recomendação de “reduzir” para a Impresa, depois de as acções da cotada terem disparado 86% no ano passado, um desempenho que está relacionado com a especulação de movimentos de fusões e aquisições no sector dos media. O banco destaca que uma das fraquezas do sector está na baixa visibilidade do mercado publicitário sendo que a renegociação do contrato com a Nos é outros dos riscos.
Pedro Catarino
14 de Julho de 2017 às 16:58
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A Impresa fechou a sessão a disparar 13,306% para 0,426 euros, tendo chegado a subir um máximo de 14,36%, em reacção à compra da Media Capital por parte de Altice por 440 milhões de euros.

 

A Altice, além de ter acordado a compra dos 95% que a Prisa detêm na Media Capital, lançou uma OPA sobre o restante capital, oferecendo 2,5546 euros por cada acção, um valor que se encontra 18% abaixo da cotação de quinta-feira.

 

Este negócio dá "uma referência positiva" à Impresa já que implica um rácio de EV/EBITDA de 2018 de 10,2 vezes e de 10 vezes face às estimativas para 2019. "A estes múltiplos, o valor da Impresa ronda os 41 milhões de euros e os 82 milhões de euros, o que compara com um valor de mercado actual de 63 milhões de euros", realça o analista Pedro Oliveira do BPI, numa nota publicada esta sexta-feira, 14 de Julho.

 

"Estrategicamente, esta operação coloca a Impresa sob pressão, já que um dos seus maiores clientes se vai transformar num concorrente e pode enfraquecer a sua posição", acrescenta o analista.

 

"Por outro lado, a necessidade de quer a Vodafone quer a Nos reagirem e investirem em conteúdos pode dar mais oportunidades para novas fontes de receitas", acrescenta.

 

E as acções da Impresa reflectiram esta perspectiva de "mais oportunidades". A dona da SIC continua assim a beneficiar da expectativa de mais mexidas no mercado de comunicação social, acumulando uma subida de quase 130% desde o início do ano. Apesar desta subida, as acções da Impresa não estão em máximos, tendo no final de Junho chegado a negociar nos 0,50 euros.

 

As subidas acentuadas das acções têm sido acompanhadas por volumes elevado, tendo trocado de mãos mais de 3,4 milhões de acções da Impresa, o que compara com uma média diária de 922,7 mil registada ao longo dos últimos seis meses.

 

A outra cotada de media portuguesa é a Cofina, dona do Negócios, que também subiu em bolsa, ainda que de forma muito mais moderada. As acções avançaram 1,48% para 0,411 euros, tendo chegado a avançar mais de 5% esta manhã. Foram negociadas mais de 205 mil acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 154,8 mil. Desde o início do ano, as acções da Cofina acumulam uma subida de 58%.

Já a Media Capital, alvo da OPA, fechou o dia a disparar 17% para 3,64 euros, tendo negociado apenas às 15:30. Até essa hora não houve qualquer negócio com acções da donda da TVI. Neste caso a liquidez foi reduzida, tendo trocado de mãos 1.221 títulos. A pouca liquidez das acções da dona da TVI está relacionada com o facto de a Prisa deter cerca de 95% do capital da empresa.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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