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Impresa dispara 12% após declarações do CEO da Nos

A Nos poderá avançar para a compra da Impresa se a Altice comprar a Media Capital, refere o Haitong depois de analisar as declarações de Miguel Almeida.

9º - Miguel Almeida – Nos: 769,2 mil euros
Miguel Almeida pode avançar para a Impresa se a Altice comprar a Media Capital, refere o Haitong
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"Se a Altice/PT comprar a TVI e os reguladores não fizerem nada, haverá guerra". A frase de Miguel Almeida, CEO da Nos, está a provocar uma forte subida nas acções da Impresa, com o mercado a especular que a dona da SIC poderá ser o alvo da operadora, caso avance o negócio entre a Altice e a companhia que controla a TVI.

 

As acções da Impresa seguem a subir 12,71% para 0,204 euros, atingindo máximos desde meados de Novembro.

 

Em entrevista ao Expresso, Miguel Almeida defendeu que não faz sentido que os operadores de telecomunicações sejam donos de conteúdos e acredita que o hipotético negócio entre a dona da PT Portugal e a Media Capital seja travado pelos reguladores.

 

Após analisar as declarações de Miguel Almeida, o banco de investimento Haitong considera que a Nos poderá avançar para a compra do grupo dono da SIC, a Impresa, caso avance o negócio entre a PT Portugal/Altice e a Media Capital, dona da TVI.


"Apesar de Miguel Almeida não ter elaborado o que entende como guerra, na nossa visão é claro que a Nos considerará adquirir o outro grupo de media – Impresa – que detém uma canal de televisão privada, no sentido de ter o mesmo poder de negociação que a PT Portugal/Altice", fez saber a casa de investimento numa nota enviada aos clientes esta segunda-feira, 5 de Dezembro.


O Haitong explica que, neste tipo de concentrações, surgem "receios" de que o operador vá proteger os seus próprios interesses em vez de oferecer as mesmas condições para todos os operadores. "É naturalmente um risco", classifica.


Todavia, e caso se confirme o negócio entre a Altice/PT Portugal e a Media Capital, o banco de investimento acredita que o regulador tornará obrigatório que o canal em causa – a TVI – esteja disponível para todos os operadores de televisão. O cenário aplicar-se-ia também a um potencial acordo entre a Nos e a Impresa.


Já quanto aos canais temáticos, o Haitong considera que a gama oferecida pela TVI e SIC não têm "atractividade comercial suficiente" para gerar uma disputa entre operadores.

Segundo tinha sido noticiado pelo Expresso, a espanhola Prisa mandatou dois bancos de investimento para encontrar um comprador para a Media Capital, a empresa de media portuguesa que controla a TVI e a Rádio Comercial, sendo a Altice uma das empresas interessadas.

 

Com a subida de hoje, a Impresa acumula agora uma queda de 58% desde o início do ano, apresentando uma capitalização bolsista de 33,3 milhões de euros. A companhia fundada por Francisco Pinto Balsemão tem sido penalizada pela prestação financeira.

 

A companhia anunciou a 25 de Outubro que fechou os primeiros nove meses do ano com prejuízos de 585 mil euros, um resultado que foi considerado "decepcionante" pelos analista e compara com lucros de 1 milhão de euros registados no mesmo período do ano passado.  No dia seguinte as acções afundaram 13%.

Desde o início do ano as acções caem 58%:
 

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