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Grupo EDP e PT levam bolsa nacional a subir 1%

PSI-20 acompanhou a tendência positiva dos congéneres europeus, impulsionado também pelo BCP e BES, que registaram ganhos em torno de 2% num dia marcado por várias notícias que beneficiam a banca.

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05 de Junho de 2014 às 16:49
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A bolsa nacional encerrou esta quinta-feira, 5 de Junho, em terreno positivo pela segunda sessão consecutiva, com o PSI-20 a avançar 1,02% para 7.238,05 pontos. Das 20 cotadas que compõem o PSI-20, 13 encerraram em alta, seis em queda e uma inalterada.

 

Lisboa acompanhou, assim, a tendência positiva dos mercados accionistas europeus, que atingiram máximos de seis anos, em reação ao anúncio histórico feito esta tarde pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. A autoridade monetária decidiu cortar a taxa de juro de referência para a Zona Euro de 0,25% para um novo mínimo histórico de 0,15% e colocar a taxa de depósitos em -0,10%.

 

Além disso, o BCE vai também conduzir várias operações de empréstimos de longo prazo aos bancos da Zona Euro, com maturidades que chegam a quatro anos, e que estão condicionais à concessão de crédito à economia real, com excepção de empréstimos a governos e a imobiliário.

 

A decisão teve uma repercussão positiva no sector financeiro, sendo que, na praça portuguesa, apenas o BES e o BCP acompanharam os ganhos. O banco liderado por Nuno Amado subiu 1,63% para 0,1992 euros, enquanto o BES ganhou 2,01% para 1,065 euros. "Podemos esperar agora a criação de uma tendência positiva do sector bancário em Portugal, com o BCP a caminho de testar os máximos do ano", antecipa Carla Santos, gestora da XTB Portugal.

 

Outra notícia que beneficiou o sector da banca foi o anúncio da aprovação de um regime especial que visa permitir à banca converter os impostos deferidos em créditos fiscais, o que libertará capital dos bancos.

 

A banca vai toda beneficiar deste regime, mas a instituição que mais beneficia é o BCP. Segundo os cálculos do Caixa BI, a conversão dos impostos diferidos terá um impacto para a instituição que oscila entre 1,2 e 1,4 mil milhões de euros, facilitando o reembolso das obrigações de capital contingente (Cocos) ao Estado. O BESI considera que o impacto será de 270 pontos base nos rácios de capital do banco liderado por Nuno Amado.

 

Já o BES deverá ganhar 90 pontos base. O aumento de capital vai colocar o rácio em 9,5% e, com os DTA, o nível de solidez passa para 10,5%, de acordo com os dados referidos no prospecto do aumento de capital.

 

Entre as restantes cotadas da banca, a tendência foi a inversa, com o ESFG a perder 0,36% para 2,76 euros, o BPI a ceder 0,51% para 1,745 euros e o Banif a deslizar 3,51% para 0,011 euros.

 

As cotadas que mais contribuíram para os ganhos do principal índice português foram o Grupo EDP e a Portugal Telecom. No Grupo EDP, a empresa-mãe ganhou 1,92% para 3,557 euros enquanto a EDP Renováveis somou 3,55% para 5,193 euros, um máximo de Maio de 2011. Já a Portugal Telecom avançou 2,31% para 2,698 euros, destacando-se da sua congénere, a Zon Optimus, que subiu 0,46% para 4,973 euros.

 

Em alta encerraram também as retalhistas Jerónimo Martins e Sonae, com avanços de 0,48% para 12,49 euros e 0,39% para 1,28 euros, respectivamente. 

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