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Galp e EDP impedem ganhos do PSI-20
O índice da bolsa nacional desliza 0,11%, com a Galp a perder 0,74%. Na Europa, a sessão também é de perdas com o sector petrolífero a impedir ganhos
O sector petrolífero impede as bolsas europeias de negociarem em terreno positivo. O índice europeu Stoxx 600 cede 0,14%, com as cotadas daquele sector e da banca a liderarem as descidas. Isto depois de a BP ter mostrado resultados que ficaram aquém do estimado pelos analistas. As acções da petrolífera britânica perdem 2,2%.
Já o PSI-20 desliza 0,11% para 4.649,03 pontos, com a Galp a pressionar. A petrolífera perde 0,74% para 12,12 euros, não escapando ao cepticismo que os investidores demonstram em relação ao sector, após a BP ter mostrado uma quebra de 70% dos lucros semestrais penalizada pelas menores margens de refinação decorrentes dos preços baixos do petróleo. A Galp apresentará resultados na próxima sexta-feira e os analistas antecipam uma quebra de 22% do lucro semestral.
Com a época de apresentação de resultados a todo o vapor esta semana, os investidores estão ainda a digerir os resultados da Navigator e da EDP Renováveis. No caso da empresa de pasta e papel, as acções descem 0,18% para 2,82 euros, após a cotada ter mostrado uma quebra de 15% dos resultados. Já as acções da eólica seguem inalteradas em 7,021 euros, apesar de a empresa ter reportado também uma descida de 15% no lucro semestral. A EDP perde 0,23% para 3,033 euros.
No sector da banca, o BCP conseguiu passar de perdas para ganhos. Os títulos sobem 0,51% para 0,0196 euros, após o Bank Millennium, a entidade polaca em que o BCP detém 50,1%, ter anunciado um crescimento do lucro semestral, beneficiando de ganhos não recorrentes com a venda da posição na Visa Europa. Já o BPI desliza 0,18% para 1,112 euros.
Bancos alemães e italianos sob pressão
No resto da Europa, as acções da banca são, a par das petrolíferas, as mais pressionadas. O índice europeu da banca cede 0,75% com os investidores a jogarem à defesa antes dos resultados dos testes de stress à banca que serão divulgados esta sexta-feira.
Os bancos italianos e alemães são os que mais descem. O Commerzabnk derroca mais de 5%, após os rácios de capital terem diminuído no segundo trimestre. As quedas na banca alemã não se ficam por aqui, com o Deutsche Bank a ceder quase 3,5%. Também os italianos Mediobanca e Unicredit descem mais de 3% esta terça-feira.