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Galp perde quase 4% com corte de preço-alvo e desvalorização do petróleo

A petrolífera portuguesa esteve a cair quase 4% na sessão desta quinta-feira, mas conseguiu recuperar parte das perdas. Em causa estará a desvalorização do petróleo e um corte de preço-alvo.

19 de Agosto de 2021 às 14:54
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A petrolífera Galp Energia esteve a cair 3,74% para os 8,288 euros por ação, num dia em a empresa recebeu um corte no preço-alvo por parte de um banco de investimento e em que todo o setor da Europa está em queda, pressionado pela queda nos preços do petróleo. Ainda assim, a empresa conseguiu recuperar uma pequena parte da queda e está agora a desvalorizar 2,46%.

A queda desta quinta-feira coincidiu com um corte de preço-alvo promovido pela AlphaValue, que cortou de 11,60 euros por ação para os 11,30 euros. Ainda assim, este novo valor confere-lhe um retorno potencial de 35%, tendo em conta o fecho da sessão de ontem. A recomendação ficou inalterada em "comprar".

Este foi o terceio reforço de perspetivas que bancos de investimento fizeram para a Galp nos últimos quatro dias, numa semana em que a empresa acumula uma queda de cerca de 2,7%. No dia 16 de agosto, segunda-feira, o Bernstein reforçou o seu preço-alvo em 12 euros por ação e, um dia depois, a Nau Securities manteve tudo inalterado com a recomendação em "comprar" e o preço-alvo em 13 euros por ação.

No total, a empresa conta com onze casas de investimento a recomendar "comprar" as suas ações e treze a aconselhar "vender". O preço-alvo médio de todas as avaliações é de 11,66 euros por ação.


Petróleo no maior ciclo de quedas em 18 meses
A Galp já foi uma das empresas que mais desvalorizou nesta quinta-feira entre os pares que compõe o setor de "oil & gas" na Europa, que agrupa as maiores empresas desta área e que perde cerca de 3%, sendo um dos que mais cai. 

Em causa estará a evolução do preço do petróleo, que hoje desvaloriza pela sexta sessão consecutiva, a maior sequência de perdas desde fevereiro de 2020, antes de a pandemia se ter feito sentir no mercado petrolífero. O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, está a cair 2,77% para os 66,35 dólares por barril, ao passo que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) está a perder 3% para os 63,49 dólares.

Estas quedas levam os preços de ambos os ativos para mínimos de maio deste ano, um dia depois de a divulgação das atas da reunião de julho da Reserva Federal dos EUA, que sublinharam a vontade dos membros do banco central em retirar os estímulos monetários criados na pandemia. Além das atas da Fed, os analistas consultados pela agência Bloomberg antecipam que também os dados sobre os inventários de petróleo nos EUA estarão a colocar pressão adicional nos preços do "ouro negro".

A recuperação da Galp tem sido mais lenta do que o verificado no setor petrolífero europeu – o índice europeu de referência para o petróleo e gás já recuperou 0,10% face a fevereiro de 2020. A petrolífera que mudou de CEO neste período, passando a ser liderada por Andy Brown, desvaloriza 30% desde o início da pandemia. Sob novo comando decidiu alocar 50% do capex previsto para os próximos cinco anos na produção de energias renováveis.
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