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Fundo soberano norueguês aconselhado a arriscar mais

A conclusão é de um relatório encomendado pelo governo da Noruega e citado pelo Financial Times que defende que o fundo de receitas do petróleo poderia elevar de 60% para 70% o peso das acções na sua carteira de investimentos, desinvestindo de obrigações.

11º Noruega. Pontuação: 5
Negócios 18 de Outubro de 2016 às 16:05
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Uma comissão composta por economistas, académicos e antigos ministros das Finanças defende que o executivo norueguês liderado por Erna Solberg, que gere o maior fundo soberano do mundo, deveria investir 70% dos activos deste veículo em acções, acima dos 60% que estão alocados actualmente a estes activos.

O relatório emitido pelo colectivo nomeado pelo governo surge na sequência de um debate sobre quais são os investimentos a longo prazo mais viáveis e num contexto de receio em torno dos retornos das apostas em obrigações soberanas. 

"Com uma maior percentagem de acções, o retorno esperado aumentará tal como o encaixe para o orçamento do Estado. Sim, traz um risco acrescido mas pensamos que estamos bem preparados para lidar com ele," afirmou ao Financial Times Hilde Bjornland, um professor de Economia que trabalhou no relatório. O mesmo documento prevê que a taxa real de retorno será de 2,3% ao longo dos próximos 30 anos.

Há cerca de dez anos, o fundo avaliado em 880 mil milhões de dólares (800 milhões de euros) tinha elevado o patamar de acções detidas na sua carteira de 40% para 60%. Dos 40% que sobram, 35% devem ser aplicados em activos de retorno fixo e 5% em imobiliário.

O governo da Noruega pode investir anualmente até 4% da dotação global do fundo, mas o Financial Times estima que o Executivo apenas usou cerca de 3% durante este ano. Este é o valor que os especialistas consideram como adequado, já que prevêem que a rendibilidade real do fundo atinge em média 2,3% nos próximos 30 anos.

Em média, o fundo detém uma participação de 1,3% nas cotadas a nível internacional e de 2,5% na Europa. 
O governo norueguês está a analisar o relatório antes de anunciar oficialmente a sua posição na próxima primavera.
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