A bolsa nacional está a negociar no valor mais alto em mais de três meses, com o BCP e a Mota-Engil a puxarem pelo PSI-20. O principal índice português valoriza, nesta altura, 0,45% para 5.340,74 pontos – o valor mais elevado desde 20 de Junho – naquela que é já a quinta sessão consecutiva de ganhos. Dez cotadas estão em alta, cinco em queda e três inalteradas.

O optimismo é generalizado na Europa, onde o índice de referência (Stoxx600) também está em máximos de dois meses, com as acções a serem animadas pela crescente convicção de que a Reserva Federal vai subir os juros novamente este ano, e pelas expectativas em torno do plano de reforma fiscal de Trump.

Num discurso realizado ontem, Janet Yellen reiterou a vontade da Fed de normalizar a política monetária "gradualmente", apesar da inflação baixa, dando sinais de que o banco central deverá anunciar um novo aumento em meados de Dezembro.

No que respeita à reforma fiscal da administração Trump, o plano - que deverá ser conhecido esta quarta-feira – prevê, segundo a Bloomberg, a redução do IRC de 35% para 20% e uma taxa de IRS máxima de 35%.

Nesta altura, o Stoxx600 ganha 0,26% para 385,02 pontos – o valor mais alto desde 20 de Julho – animado sobretudo pela banca, que sobe mais de 1,5%.

É precisamente um banco, o BCP, uma das cotadas que mais sustenta o PSI-20, com uma valorização de 2,95% para 23,72 cêntimos, a cotação mais elevada desde 17 de Agosto.

A determinar a evolução do PSI-20 está ainda a Mota-Engil. As acções da construtora disparam 6,14% para 3,075 euros, um máximo de Maio de 2015, a beneficiar do anúncio de que a empresa ganhou novos contratos em Moçambique e Angola no valor de 437 milhões de euros.

Com esta valorização, a construtora já aumentou os ganhos alcançados desde o início do ano para 90,06%.

A impulsionar o PSI-20 estão ainda a EDP, com uma valorização de 0,37% para 3,226 euros, a Nos, que ganha 0,32% para 5,28 euros, e a Pharol, que soma 2,33% para 35,1 cêntimos.

Ainda na energia, a EDP Renováveis recua 0,58% para 7,156 euros e a Galp perde 0,33% para 15,02 euros, depois de ter atingido máximos de 2011 na sessão de ontem e ter voltado a ocupar o lugar de cotada mais valiosa da bolsa nacional.

No retalho, a Sonae ganha 0,10% para 1,002 euros e a Jerónimo Martins cede 0,91% para 16,355 euros, no dia em que inaugura o maior centro logístico do grupo em Alfena, Valongo, um investimento de 75 milhões de euros.