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Festa em Wall Street: BCE faz disparar juros e EUA estão abertos a acordos comerciais

As principais bolsas norte-americanas encerraram em alta, com o Nasdaq a marcar novos máximos históricos. A impulsionar estiveram sobretudo dois factores: a queda das obrigações, com a respectiva subida dos juros, e a possibilidade de Washington negociar acordos para evitar guerra comercial.

Reuters
06 de Junho de 2018 às 21:07
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O Dow Jones encerrou a somar 1,39% para 25.145,22 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,85% para 2.772,31 pontos.

 

Por seu lado, o Nasdaq Composite valorizou 0,67%, a valer 7.689,24 pontos. A meio da sessão marcou um novo máximo histórico, nos 7.691,65 pontos. No acumulado do ano, o índice tecnológico valoriza 11,31%.

 

A negociação bolsista do outro lado do Atlântico esteve a ser animada pela diminuição de receios em torno de uma eventual guerra comercial, devido à indicação por parte de Larry Kudlow, conselheiro económico da Casa Branca, de que o presidente dos EUA, Donald Trump, vai realizar reuniões bilaterais com o presidente francês, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, na cimeira do G7 que decorre no final desta semana.

 

Estas declarações foram proferidas pouco depois de surgirem relatos de que os EUA estão a analisar uma oferta da China de importar mais produtos norte-americanos durante um ano, equivalendo a um valor adicional de 70 mil milhões de dólares, segundo fontes citadas pela Reuters.

 

Por outro lado, os juros das obrigações, sobretudo nos países periféricos do euro, estiveram hoje a subir devido às declarações do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), que apontaram para uma decisão sobre o fim dos estímulos na reunião da próxima semana.

 

Peter Praet disse que o BCE já vê a inflação perto da meta, assim como a robustez do crescimento da Zona Euro e da subida dos salários. Acredita-se que a instituição liderada por Mario Draghi dará indicações mais precisas quanto ao momento escolhido para pôr fim ao programa mensal de compra de activos em vigor. Os sinais deixaram os mercados ainda mais sensíveis, depois da turbulência em Itália. 

 

Essa sensibilidade estendeu-se às obrigações soberanas dos EUA, que também cederam terreno, com os juros do vencimento a 10 anos a subirem 5 pontos base para 2,98%.

 

Isto fez com que muitos investidores, perante esta volatilidade, preferissem o mercado accionista – o que animou as praças europeias e norte-americanas.

 

Os sectores financeiro e industrial foram os que deram mais gás a Wall Street, com as tecnologias a animarem também, uma vez mais, a negociação.

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