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Fed e China provocam segunda sessão negativa em Wall Street

Índices norte-americanos já tinham reagido ontem em queda às palavras de Bernanke, mas acompanham esta quinta-feira o movimento global de desvalorizações que está a penalizar os mercados accionistas globais.

Bloomberg
20 de Junho de 2013 às 14:42
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As bolsas norte-americanas desvalorizam pela segunda sessão consecutiva, acompanhando o dia de fortes quedas que se verifica nas principais praças financeiras mundiais, devido à expectativa de diminuição dos estímulos da Reserva Federal e dados económicos negativos na China.

 

O Dow Jones cai 0,68% para 15.009,2 pontos e o Nasdaq cede 1,07% para 3.406,43 pontos. Já ontem tinham cedido mais de 1%, tendo sido os primeiros a reagir às palavras de Ben Bernanke, proferidas após a reunião de dois dias da Reserva Federal.

 

Nas principais bolsas europeias os índices cedem mais de 2% e nos mercados emergentes as quedas são as mais acentuadas em 20 meses. Também outros activos, como as matérias-primas e as obrigações, estão a sofrer quedas acentuadas, com os investidores a anteciparem-se à perspectiva do fim do dinheiro barato nos Estados Unidos.

 

Estas quedas globais surgem depois de o presidente da Reserva Federal dos EUA ter dito que deverá "moderar" o ritmo a que está a comprar títulos de dívida no mercado, no âmbito do programa de estímulo iniciado em Setembro. E se a economia evoluir como prevê a Fed, que se mostrou mais optimista do que no passado, o programa poderá terminar “em meados de 2014”, acrescentou Ben Bernanke.

 

A preocupar os investidores nas bolsas asiáticas está também um indicador do HSBC e do Markit Economics que aponta para uma desaceleração mais acentuada do que a prevista na actividade industrial chinesa. Por outro lado, o “swap” de taxas de juro a um ano na China subiu este mês mais de 50 pontos base, para 4,98%, máximo desde que a Bloomberg começou a seguir o indicador, em 2006.

 

A penalizar os índices estão sobretudo as produtoras de matérias-primas, como a Newmont Mining, que cai 3,9% a reflectir a descida da cotação do ouro para mínimos dois anos. O sector financeiro também reflecte com quedas os receios de alteração na política monetária da Fed, com o Citigroup e o Bank of America entre os que mais descem. 


 

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