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Fed reitera "abordagem paciente" e Wall Street sobe, mas pouco

As bolsas dos EUA encerraram em alta, numa sessão em que oscilaram entre ganhos e perdas sem grande expressão. As atas da última reunião da Fed mostram que o banco central continua empenhado numa "abordagem paciente" em matéria de mexidas nos juros, se bem que não exclua uma nova subida se o crescimento económico retomar.

Reuters
20 de Fevereiro de 2019 às 21:08
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O Dow Jones fechou a somar 0,24% para 25.954,44 pontos e o Standard & Poor’s 500 ganhou 0,18% para 2.784,70 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite avançou 0,03%, para 7.489,07 pontos.

 

As bolsas do outro lado do Atlântico oscilaram durante toda a sessão entre subidas e descidas ligeiras, numa altura em que os investidores esperam por desenvolvimentos na frente comercial.

 

De um lado estão as negociações comerciais entre Washington e Pequim, estando agendadas para o final desta semana novas conversações entre altos representantes das duas maiores economias no mundo, agendadas para o final desta semana.

 

Do outro lado estão as ameaças do presidente Donald Trump, hoje reiteradas, de impor tarifas aduaneiras aos carros importados da União Europeia caso o bloco e os EUA não cheguem a um acordo. Isto depois de no domingo o Departamento norte-americano do Comércio ter entregue ao presidente do país as conclusões sobre os riscos para a segurança nacional que são colocados pelas importações de automóveis.

 

Entretanto, ao final do dia a Reserva Federal norte-americana divulgou as atas da sua última reunião, e os principais índices de Wall Street cederam momentaneamente terreno para depois regressarem a ganhos tímidos.

 

As atas da última reunião da Fed mostram que o banco central continua empenhado numa "abordagem paciente" em matéria de mexidas nos juros, se bem que não exclua uma nova subida se o crescimento económico retomar no país.

 

As atas referem ainda a intenção dos responsáveis da Fed de abrandarem ou mesmo pararem com a política de redução do seu balanço – um processo que já foi anteriormente caracterizado como estando em "piloto automático".

 

Ontem, a presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, veio dizer que o banco central deverá conseguir levar a bom porto os seus esforços de redução do balanço da Reserva Federal (que conta com um vasto portefólio de obrigações).

 

O balanço da Fed "inchou" para mais de 4 biliões de dólares no seguimento da recessão de 2007-09 e a autoridade monetária começou a reduzir em finais de 2017 os títulos de dívida que tinha em mãos.

 

Assim, as atas da reunião de 29 e 30 de janeiro mostram uma postura mais branda, estando em cima da mesa um debate sobre se o banco central deverá terminar no final do ano a política de redução do balanço e ficando no ar a incerteza quanto a eventuais novas subidas dos juros diretores.

Essa postura menos endurecida da Fed tem ajudado aos ganhos em Wall Street, com o S&P 500 a acumular uma subida de quase 20% desde o Natal.

 

Em destaque nesta sessão esteve a Caterpillar, que escalou mais de 3% para 140,31 dólares depois de apresentar estimativas otimistas para a procura na China, o que contagiou positivamente as fabricantes de máquinas, motores e veículos pesados.

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