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Fed prega susto às tecnológicas e atira Wall Street ao chão. Uber em máximos de abril

A sessão foi dominada pelas declarações "hawkish" de vários membros da Reserva Federal norte-americana, que ecoaram o alerta de Powell sobre a necessidade de mais aumentos da taxa de juro diretora.

Jerome Powell é presidente da Reserva Federal. No final do mês, reúne banqueiros centrais em Jackson Hole.
Michael Reynolds /EPA
08 de Fevereiro de 2023 às 21:21
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Wall Street terminou a sessão em terreno negativo, pressionada por um "sell-off" das tecnológicas, devido à repetição do mantra "hawkish" sobre o futuro da política monetária restritiva por parte de vários membros da Reserva Federal norte-americana (Fed).

O industrial Dow Jones caiu 0,61% para 33.949,01 pontos, enquanto o  Standard & Poor's 500 (S&P 500) perdeu 1,11% para 4.117,86 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite derrapou 1,68% para 11.910,52 pontos. 

 

O presidente do banco central em Nova Iorque, John Williams, frisou que a política monetária precisa de se manter restritiva por mais algum tempo. Esta ideia foi repetida pelo líder da Fed em Minneapolis, Neel Kashi e por outros dois membros do banco central: Christopher Waller e Lisa Cook.

 

Estas declarações surgiram horas depois de Jerome Powell, o número um da Reserva Federal dos EUA, ter salientado que o processo de "desinflação" ainda agora começou, avizinhando-se um caminho "turbulento", pelo que o pico das taxas dos fundos federais poderá ter de ser mais alto do que o esperado se o mercado de trabalho se mantiver resiliente.

 

O efeito destas palavras já se repercutiu no mercado das opções, com vários investidores de peso a apostarem que o pico da taxa dos fundos federais possa chegar a 6%, 1 ponto percentual acima do consenso deste mercado de derivados e acima do pico de 5,1% projetado pelo "dot plot" da Fed, divulgado pelo Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) em janeiro.

 

Perante este cenário, as ações de crescimento, em especial as referentes ao capital de cotadas tecnológicas – mais sensíveis às alterações de política monetária - , cairam em dominó. A Amazon deslizou 2,02%, a Alphabet afundou 7,68% - que também sofreu pelas falhas no seu programa de Inteligência Artificial, a Meta derrapou 4,27% e a Apple desvalorizou 1,77%.

 

Entre as ações que centraram as atenções dos investidores, destacam-se os títulos da Uber que subiram 5,25% - renovando máximos de abril de 2022- após a empresa ter reportado resultados acima das expectativas dos analistas.

 

Por sua vez, o Manchester United escalou 10,64%, renovando máximos de 2018, com a notícia do Daily Mail de que um grupo de investidores do Qatar está a preparar uma oferta para comprar os Red Devills.

 

Já a Netflix cresceu 1,07%, após a empresa anunciar o fim das contas partilhadas na plataforma de "streaming" em vários mercados, incluindo Portugal.

 

Também a Fox valorizou 4,43%, no mesmo dia em que a dona da cadeia de televisão com o mesmo nome deu conta dos resultados do segundo trimestre fiscal – que ficaram acima das expectativas do mercado – e anunciou que vai acelerar o programa de recompra de ações.

 

Por fim, a TripAdvisor subiu 3,81%, reagindo em alta ao facto de o Bank of America ter revisto em alta, para "comprar", a recomendação para os títulos da agência online de viagens.

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