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Fecho dos mercados: Desempenho sectorial regressou ao centro das atenções na Europa

As bolsas europeias, que ontem revelaram grande alívio perante a diminuição de receios de uma acção militar iminente na Síria por parte dos EUA, França e Reino Unido, hoje negociaram sobretudo ao sabor do desempenho sectorial, com subidas e descidas ligeiras. Nas matérias-primas, destaque para a valorização do petróleo e do alumínio.

Bloomberg
13 de Abril de 2018 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 resvalou 0,18% para 5.477,58 pontos

Stoxx 600 somou 0,01% para 378,86 pontos

S&P 500 cede 0,28% para 2.656,49 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recuou 4,5 pontos base para 1,654%

Euro desce 0,02% para 1,2324 dólares

Petróleo avança 0,83% para 72,62 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias sem direcção marcada

As bolsas do Velho Continente encerraram a revelar uma tendência mista, com os sectores das telecomunicações, retalho e saúde a pesarem nas descidas e os da construção e matérias-primas a contribuírem para os ganhos. O índice de referência europeu Stoxx 600 avançou muito marginalmente, a subir 0,01% para 378,86 pontos.

Por cá, o PSI-20 fechou a recuar 0,18%, com 11 cotadas no vermelho, seis no verde e uma inalterada. A pressionar o índice de referência nacional estiveram sobretudo os títulos da Galp, que cederam 2,10% para 15,835 euros, no dia em que a petrolífera anunciou uma diminuição do processamento nas refinarias e uma redução nas margens de refinação.

 

Juros descem na Europa

As taxas de juro desceram na generalidade dos países europeus esta sexta-feira. Por cá, as "yields" das obrigações 10 anos [que é o vencimento de referência] cederam 4,5 pontos base para 1,654%.

Já a taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Espanha desceu 1,6 pontos base para 1,238%, ao passo que a taxa das bunds alemãs a 10 anos deslizou 0,4 pontos base para 0,511%. Em Itália, os juros de referência recuaram 1,7 pontos base para 1,797%.

 

Euribor mantêm-se a 3, 6 e 9 meses e sobem a 12 meses

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou a fixar-se em -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. A taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, permaneceu em -0,271%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro.    

A nove meses, a Euribor manteve-se em -0,219%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. Já no prazo a 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, subiu 0,001 pontos para -0,190%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, verificado pela primeira vez a 18 de Dezembro passado.

 

Dólar ganha com alívio de receios em torno da Síria

A nota verde continuou hoje a ganhar terreno face à maioria das moedas do G-10, animada pelo facto de Donald Trump ter dito que não está iminente um ataque à Síria.

O euro é uma das moedas que segue a ceder face à nota verde, mas a recuar muito marginalmente, com uma descida de 0,02% para 1,2324 dólares.


O iene destaca-se pela negativa face à moeda norte-americana, que atingiu o valor mais alto das últimas sete semanas face à divisa nipónica que é sobretudo procurada como valor-refúgio em alturas de maior incerteza.

 

Petróleo avança com menor produção da OPEP

Apesar de grande parte das tensões no Médio Oriente ter diminuído depois de o presidente norte-americano dizer que não estava iminente um ataque à Síria, o petróleo continua a ser sustentado pelas fricções geopolíticas – já que, se escalarem para um conflito no terreno, perturbarão a oferta dos países produtores da região, que corresponde a cerca de metade do petróleo a nível mundial. Mas o que esta sexta-feira esteve a animar verdadeiramente o "ouro negro" foi o anúncio de que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) caiu para o nível mais baixo em três anos.

Assim, as cotações seguem a caminho do maior ganho semanal desde Julho do ano passado e, ao subirem pela quinta sessão consecutiva, estão a marcar a mais longa série de ganhos desde Janeiro. No mercado nova-iorquino, o crude de referência West Texas Intermediate segue a somar 0,33% para 67,29 dólares por barril, e em Londres o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações portuguesas – está a negociar nos 72,44 dólares com uma subida de 0,58%.

 

Alumínio com o maior ganho semanal desde 1987

O alumínio acumula um ganho semanal de 13% em Londres, num período marcado pelas sanções dos EUA a empresas e oligarcas russos. Esta será a maior subida semanal desde que o Mercado de Metais de Londres (LME) lançou a actual versão do contrato de negociação deste metal industrial, em 1987. Ou seja, há 31 anos que não registava uma subida tão expressiva numa só semana. O alumínio segue a negociar nos 2.320 dólares por tonelada, depois de já ter hoje tocado no valor mais alto dos últimos seis anos, ao negociar nos 2.330 dólares.

Um dos alvos das sanções norte-americanas foi a russa Rusal, uma das maiores produtoras de alumínio, o que motivou preocupações sobre a saúde financeira da empresa [que na segunda-feira viu o preço das acções afundar 50%] e, consequentemente, sobre o fornecimento de alumínio.

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