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Euro ganha com aumento do desemprego nos EUA

O euro ganhava 0,42% face ao dólar, beneficiando do aumento do número de desempregados nos Estados Unidos (EUA) no mês de Março e das expectativas de corte das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), na próxima semana.

06 de Abril de 2001 às 18:01
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O euro ganhava 0,42% face ao dólar, beneficiando do aumento do número de desempregados nos Estados Unidos (EUA) no mês de Março e das expectativas de corte das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), na próxima semana.

A moeda única cotava nos 0,9007 dólares, depois de ter chegado a perder 0,46% para os 0,8927 dólares, antes da divulgação dos números relativos à evolução do desemprego nos EUA. Face à divisa nipónica, o euro ganhava 0,76% para os 112,06 ienes.

«O euro beneficiou dos indicadores que saíram nos EUA, nomeadamente em relação ao número de novos empregados, que foi bastante mais negativo do que o esperado», defendeu Maria Amélia Valverde, analista do Banco Espírito Santo (BES).

A taxa de desemprego norte-americana cresceu para os 4,3% no mês de Março, contra os 4,2% do mês anterior, atingindo o valor mais alto dos últimos 18 meses, com o número de novos contratados a cair em 86 mil face a Fevereiro, naquela que foi a maior queda desde Novembro de 1991.

«Estes dados vieram reforçar a ideia de que a economia dos EUA está em abrandamento», afirmou a mesma fonte, acrescentando que os mesmos poderão representar um indício de que a desaceleração verificada na indústria ao longo dos últimos meses poderá alastrar ao sector dos serviços.

A analista do BES sublinhou ainda que o euro continua a beneficiar «das expectativas em relação a um possível corte das taxas de juro na próxima reunião do BCE, a 11 de Abril», apesar de, nos últimos tempos, «as declarações dos dirigentes da autoridade monetária estarem a ser um pouco contraditórias».

Otmar Issing, membro do BCE, afirmou no início desta semana que a política adequada para a Zona Euro seria a manutenção das taxas de juro, contrariando as indicações dadas anteriormente por outros responsáveis, que afirmaram que as pressões inflacionistas já não constituíam a principal preocupação daquela instituição.

A taxa de referência do BCE, ou REFI, situa-se actualmente nos 4,75%, mantendo-se inalterada desde Outubro do ano passado, com o BCE a ser o único dos principais bancos centrais mundiais que ainda não efectuou um corte no preço do dinheiro desde o início do ano.

Nos EUA, a Reserva Federal (FED) já desceu por três vezes a sua principal taxa de juro em 50 pontos base desde o início de Janeiro, para os actuais 5%, na tentativa de impulsionar o crescimento económico.

Cada euro vale 200,482 escudos.

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