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Empresa de veículos elétricos no vermelho dispara 3.000% em oito meses

Os títulos da Blink deram um salto de 3.000% nos últimos oito meses. Apenas sete ações - de cerca de 2.700 que valem pelo menos mil milhões de dólares - subiram mais ao longo desse período. O motivo: a Blink é uma empresa de energia verde, proprietária e operadora de estações de carregamento de veículos elétricos.

09 de Fevereiro de 2021 às 19:25
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Não há nada no balanço da Blink Charging que explique porque está a ação da empresa entre as mais populares nos Estados Unidos.

 

A companhia nunca registou lucros anuais nos seus 11 anos de história; alertou no ano passado que poderia ir à falência; tem perdido quota de mercado e regista uma receita anémica.

 

Ainda assim, a procura pela ação da empresa é alta. Os títulos da Blink deram um salto de 3.000% nos últimos oito meses. Apenas sete ações - de cerca de 2.700 que valem pelo menos mil milhões de dólares - subiram mais ao longo desse período. O motivo: a Blink é uma empresa de energia verde, proprietária e operadora de estações de carregamento de veículos elétricos. E se os investidores têm certeza de alguma coisa é que as empresas verdes são investimentos imperdíveis e obrigatórios do futuro.

 

Nenhuma ação capta melhor essa euforia do que a Blink. Com valor de mercado de 2,3 mil milhões de dólares, o indicador de capitalização bolsista/vendas da empresa - uma métrica habitual para saber se uma ação está sobrevalorizada - disparou para 493. Em comparação, para a Tesla - a estrela do mundo dos veículos elétricos e uma empresa com valor de mercado muito maior - esse número é de apenas 25.

 

"Tudo sobre a empresa está errado", diz Andrew Left, fundador da Citron Research. "É apenas um nome bonito que chamou a atenção dos investidores de retalho."

 

A Citron foi uma das poucas empresas que apostou contra a Blink no ano passado, com operações de venda a descoberto que recompensariam se o preço das ações desvalorizasse. É uma das várias apostas de queda em ações favorecidas pela multidão de investidores de retalho que se posicionaram contra a Citron - a GameStop é a mais conhecida -, o que levou Left a anunciar em 29 de janeiro que a empresa iria suspender pesquisas sobre ações com posições "short".

O indicador de posições curtas em ações da Blink - que mostra a quantidade de apostas contra os títulos - caiu para menos de 25% das ações em circulação em relação a mais de 40% no final de dezembro.

 

Para os vendedores a descoberto, uma das coisas que chama atenção é que vários nomes da Blink, incluindo o CEO e presidente do conselho, Michael Farkas, foram associados no passado a empresas que entraram em conflito com normas regulatórias.

 

Farkas descarta essa e outras críticas feitas por investidores com posições a descoberto. "Sempre houve e sempre haverá críticos", disse Farkas por e-mail. "Quando fundei a empresa, os críticos questionavam se a mudança para os veículos elétricos era real. Agora, à medida que o valor do nosso negócio cresce, os críticos tendem a ser vendedores a descoberto."

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