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EDP Renováveis sobe para novo máximo de 2009
As acções da EDP Renováveis estão a subir e já atingiram um novo máximo de 2009, numa altura em que o sector da energia está sob os holofotes devido a notícias de fusões e aquisições na Europa.
As acções da EDP Renováveis estão a subir 1,41% para 7,55 euros, tendo já tocado nos 7,60 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Setembro de 2009. Desde o início do ano, a empresa liderada por João Manso Neto está a acumular um ganho superior a 8%.
Já a EDP está a recuar 0,30% para 3,041 euros, pondo fim ao maior ciclo de ganhos desde Agosto. Nos últimos oito dias a eléctrica acumulou um ganho superior a 12%, negociando em níveis de Novembro. Desde o início do ano, a EDP sobe 5,23%, sendo a quinta cotada com melhor desempenho no índice europeu Stoxx de utilities.
A subida destas empresas surge numa altura em que se vive alguma euforia no sector das utilities, com algumas empresas a fundirem unidades. Esta quarta-feira, 14 de Março, a contribuir para os ganhos da EDP Renováveis estarão também as declarações de Nuno Alves, administrador financeiro da EDP. O responsável disse à Bloomberg que a eléctrica quer ser a única dona da Renováveis até 2020, apesar de não haver planos para o curto prazo.
As declarações foram proferidas precisamente num contexto de fusões e aquisições no sector. "Tornou-se um negócio tão importante que queremos a maioria, se não os 100%, destas empresas", afirmou. "É uma área de crescimento. É um negócio tão importante hoje em dia no mundo das ‘utilities’ que as empresas querem-no na totalidade", salientou o responsável.
A marcar os últimos dias esteve o negócio entre a EON e a RWE. A EON vai comprar a Innogy, empresa de energia renovável da RWE, num negócio avaliado em 22 mil milhões de euros. Nesta operação a EON vai ficar com as unidades de retalho e de transporte de energia das duas empresas, enquanto a RWE vai ficar com o negócio de renováveis assim como parte da EON.
A Bloomberg salienta que a italiana Enel, a francesa Electricité de France e a espanhola Iberdrola também já realizaram operações que trouxeram de volta para a casa-mãe os activos de energias renováveis.