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Bolsa desce pela segunda sessão com BCP e CTT a pressionar
O PSI-20 fechou em queda ligeira, em linha com as principais praças europeias.
A bolsa nacional fechou em terreno negativo, em linha com o comportamento das restantes praças europeias, que inverteram a tendência da manhã depois de o Departamento do Comércio dos Estados Unidos ter anunciado que as vendas a retalho desceram em Fevereiro pelo terceiro mês seguido.
Se por um lado este dado confirma que a reserva Federal não tem motivos para acelerar a subida de juros, por outro aviva os receios de que a maior economia do mundo possa estar a passar por um período de abrandamento.
O PSI-20 caiu 0,1% para 5.420,00 pontos, com sete cotadas em queda, nove em alta e duas sem variação. Nos restantes índices europeus
A pressionar o índice português esteve sobretudo o Banco Comercial Português, que desvalorizou 1,68% para 0,2861 euros, em linha com o comportamento do sector financeiro europeu, que foi dos que mais penalizou os índices.
Os CTT também registaram uma das quedas mais fortes (-1,27% para 3,10 euros), depois de o Haitong ter emitido um "research" negativo para a cotada liderada por Francisco Lacerda. De acordo com a Reuters, o preço-alvo desceu para 3,40 euros.
A Jerónimo Martins (-0,59% para 15,115 euros), REN (-0,8% para 2,48 euros) e Sonae (-0,71% para 1,124 euros) também pressionaram o PSI-20. As duas últimas apresentam as contas de 2017 amanhã, depois do fecho da sessão.
A impedir maiores quedas no PSI-20 destacou-se a EDP renováveis, que avançou 1,34% para 7,545 euros. As acções chegaram a negociar nos 7,60 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Setembro de 2009, devido às declarações de Nuno Alves, administrador financeiro da EDP, que disse à Bloomberg que a eléctrica quer ser a única dona da Renováveis até 2020, apesar de não haver planos para o curto prazo. A EDP ganhou 0,07% para 3,052 euros.
A Mota-Engil conseguiu o ganho mais pronunciado do índice, com uma subida de 3% para 2,61 euros, a corrigir parte da queda da véspera.