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EDP paga 23 milhões em comissões. BCP é um dos bancos que garante aumento de capital

A elétrica nacional vai pagar 23 milhões de euros em comissões aos bancos que garantem a colocação das ações no aumento de capital destinado a financiar a compra de ativos da espanhola Viesgo.

Ricardo Almeida/Correio da Manhã
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A EDP anunciou, no seu prospeto do aumento de capital destinado a financiar a compra de ativos da espanhola Viesgo, que as despesas da oferta pública de subscrição das ações incluem as comissões devidas aos underwriters (bancos que garantem a colocação de todas as ações), bem como custos com outros consultores e com a admissão à negociação das novas acções, num montante (bruto) estimado de 23 milhões de euros. 

A elétrica liderada por Miguel Stilwell d'Andrade não cobrará quaisquer custos aos investidores, sublinha.

"Os resultados líquidos da oferta serão apuráveis somente após o anúncio dos resultados da oferta. Havendo subscrição integral e correspondendo o preço de subscrição a 3,30 euros, estima-se que a um montante total de entradas em dinheiro de aproximadamente 1.020.172.880,10 euros corresponda um valor líquido de receitas da oferta de aproximadamente 997 milhões de euros, deduzidas todas as despesas associadas", explica o prospecto.

A EDP vai assim pagar em comissões um valor que corresponde a cerca de 2,3% do valor bruto da oferta. A tomada firme serve para a empresa garantir que colocará todas as ações no aumento de capital. As que não forem subscritas pelos seus acionistas, serão colocadas pelos bancos que fazem a tomada firme.

A empresa refere ainda que a 15 de Julho celebrou com os underwriters [os bancos que garantem a subscrição, ou seja, que fazem a tomada firme] o contrato de underwriting em relação às novas acções não subscritas através do exercício dos direitos de subscrição.

"Os underwriters acordaram, conjuntamente, em desenvolver os melhores esforços para encontrarem adquirentes ou adquirirem eles mesmos e a sociedade acordou em emitir a favor dos adquirentes encontrados pelos underwriters ou a favor dos próprios underwriters, conforme aplicável, quaisquer novas acções remanescentes mediante o preço de subscrição".

Nesse caso, o Banco Comercial Português, a J.P. Morgan Securities e o Morgan Stanley & Co. International garantem 20% cada. Já o BNP Paribas, o BofA Securities Europe e o Goldman Sachs International garante 13,33% cada.

O BCP, através do seu fundo de pensões, é o único acionista português com mais de 2% do capital da EDP.

A EDP anunciou ontem que chegou a acordo para comprar ativos da Viesgo por dois mil milhões de euros e que para financiar a operação iria avançar com um aumento de capital de mil milhões de euros. Esta é a primeira ação de grande destaque executada pela elétrica desde que o antigo gestor financeiro, Miguel Stilwell d'Andrade, assumiu os comandos da empresa. Logo a seguir a este anúncio, a elétrica, numa chamada telefónica com analistas, esclareceu que não só o dividendo não vai baixar após a conclusão da operação, como deverá, pelo contrário, aumentar.

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