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EDP e REN castigadas em bolsa por proposta da ERSE

As acções da EDP e da REN registaram fortes quedas esta segunda-feira, a reflectir a proposta da ERSE para os preços da electricidade. A eléctrica lidera mesmo a descida entre os pares europeus.

A EDP não deu novidades aos investidores sobre as investigações judiciais sobre suspeitas de corrupção nos contratos dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), segundo o CaixaBank BPI. Os responsáveis da eléctrica indicaram que a gestão não foi alvo de novas abordagens pelas autoridades em relação a essa matéria. Já em relação aos ajustamentos dos CMEC para os próximos dez anos, a empresa indicou que ainda não foram tomadas decisões, mas prevê que não sofram alterações muito significativas. Já em relação à EDP Renováveis, reiterou que a actual situação se deverá manter no médio prazo, depois de a EDP não ter conseguido mais de 90% da eólica na OPA. O preço-alvo é de 3,70 euros com análise 'neutral'.
16 de Outubro de 2017 às 16:55
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O dia foi de fortes quedas entre a EDP e a REN, depois de na sexta-feira, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) ter anunciado a proposta para a actualização dos preços da electricidade em 2018. A proposta aponta para uma descida de 0,2% no preço, o que corresponde a uma redução de 0,09 euros numa factura de 45,7 euros. A medida vai beneficiar os 1,2 milhões de consumidores no mercado regulado de electricidade, onde o único comercializador é a EDP Serviço Universal.

 

Esta proposta mereceu a reacção dos analistas, que apontam para um impacto significativo para o sector, com a EDP à cabeça. E isso reflectiu-se na evolução das acções, com a EDP a ser a "utilitie" europeia que mais deslizou esta segunda-feira.

 

A EDP fechou a sessão a perder 3,51% para 2,998 euros, sendo esta a queda mais pronunciada desde Junho, com um volume de acções de bastante mais elevado do que a média diária dos últimos seis meses. Trocaram de mãos 13,3 milhões de acções da eléctrica, quando a média diária é de 6,6 milhões.

 

Já a REN perdeu 2,58% para 2,68 euros, o que representa a descida mais acentuada desde Maio. As acções da empresa liderada por Rodrigo Costa atingiram mesmo o valor mais baixo desde 17 de Março. A liquidez também foi elevada, tendo trocado de mãos 2,29 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 724,3 mil títulos.

 

A contribuir para estas descidas estiveram as reacções dos analistas. O Haitong cortou a avaliação da EDP em 20 cêntimos para 3,10 euros, depois desta proposta. A recomendação é de "neutral", uma vez que o "target" confere às acções da eléctrica liderada por António Mexia um potencial de 3,4%.

O BPI e o CaixaBI mantiveram as suas recomendações, bem como os preços-alvo, mas alertaram para os impactos negativos na acção da EDP.

 

Quanto à REN, o Haitong decidiu cortar o preço-alvo para 2,80 euros (face a 3,05 euros) e descer a recomendação da REN para "neutral".

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