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Dow Jones regressa aos recordes com discurso de Yellen
As bolsas norte-americanas encerraram em alta, com o Dow Jones a marcar novos máximos sustentado sobretudo pelas declarações da presidente da Fed. Yellen disse que o banco central não terá pressa de subir os juros enquanto a inflação se mantiver abaixo da meta pretendida.
O Standard & Poor’s 500 encerrou a somar 0,73% para 2443,25 pontos e o índice tecnológico Nasdaq Composite acompanhou a tendência de subida e avançou 1,10% para se estabelecer nos 6.261,17 pontos.
O Dow Jones, por seu lado, fechou a ganhar 0,57% para 21.531,79 pontos, tendo a meio da sessão atingido um novo máximo histórico ao tocar nos 21.580,79 pontos.
Os preços do petróleo continuaram a subir nos mercados internacionais, impulsionando assim os títulos da energia pelo terceiro dia consecutivo, e também as acções tecnológicas estiveram a ter um bom desempenho durante toda a jornada.
Mas foi o discurso da presidente da Reserva Federal perante o Senado norte-americano que deu hoje grande gás às bolsas em todo o mundo, levando as praças do outro lado do Atlântico para território nunca antes explorado.
Janet Yellen afirmou que a Fed não irá apressar-se na subida das taxas de juro directoras enquanto a inflação se mantiver persistentemente abaixo da meta de 2% definida pelos responsáveis de política monetária nos EUA.
Estas declarações de Yellen desviaram as atenções do mercado para mais um "caso Trump", desta vez sobre o facto de o seu filho Donald Trump Jr. se ter encontrado com uma advogada russa para saber informações sobre Hillary Clinton durante a campanha para as eleições presidenciais – que se realizaram a 8 de Novembro do ano passado e que colocaram Trump na Casa Branca.
Este tom não agressivo de Yellen em ternos de normalização da política monetária aliviou os mercados, para mais num dia em que o Banco do Canadá aumentou os juros pela primeira vez em sete anos apesar de a inflação no país se manter baixa.
Os bancos centrais de todo o mundo têm vindo a sinalizar que as políticas acomodatícias que vigoram há vários anos já não são necessárias, dados os sinais de que a economia global está a ganhar tracção.
Os investidores estão já de olhos postos no dia de amanhã, já que Janet Yellen, presidente da Reserva Federal, comparece no Senado para apresentar o relatório semestral de política monetária. Isto acontece uma semana depois de terem sido conhecidas as actas relativas à reunião que decorreu nos dias 13 e 14 de Junho e onde se percebeu que os responsáveis pela política monetária do banco central estão divididos quanto ao "timing" para a redução do seu balanço.
Amanhã será o segundo dia do testemunho semestral de Yellen perante o Senado, desta vez perante o comité bancário. Além disso, o presidente da Fed de Chicago, Charles Evans, fala em Idaho sobre as condições actuais da economia do país.