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Fecho dos mercados: Yellen anima bolsas e ouro. Juros recuam

As principais praças europeias terminaram o dia em alta, animadas pelas comentários de Janet Yellen. O ouro está também a beneficiar destas notas. Por outro lado, os juros da dívida portugueses estão a cair num dia em que o Tesouro regressou ao mercado.

12 de Julho de 2017 às 17:27
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,77% para 5.215,15 pontos

Stoxx 600 valorizou 1,52% para 384,90 pontos

S&P 500 sobe 0,65% para 2.441,24 pontos

Juros da dívida a dez anos descem 4,6 pontos base para 3,105%

Euro perde 0,48% para 1,1412 dólares

Brent ganha 0,48% para os 47,75 dólares por barril

Yellen entusiasma bolsas
As bolsas europeias estavam já negociar em alta durante a manhã mas depois de serem divulgadas as notas relativas ao testemunho que Janet Yellen, presidente da Reserva Federal dos EUA, ia proferir no Senado, as praças europeias intensificaram a subida.

Janet Yellen sustenta que a Fed "continua a esperar que a evolução da economia permita aumentos graduais das taxas de juro ao longo do tempo". Mas apesar deste tom positivo, manifestou uma preocupação: a inflação, que continua baixa. Yellen aponta que, dado que os preços no consumidor continuam abaixo da meta de 2%, a autoridade monetária vai "monitorizar de perto os desenvolvimentos relacionados com a evolução dos preços ao longo dos próximos meses".

A lidera as subidas no Velho Continente estive o francês CAC40, que terminou o dia a subir 1,59%, seguido tanto pelo gerâmico DAX como pelo italiano FTSE MIB - ambos apreciaram 1,52%. Em Lisboa, os ganhos foram mais moderados, tendo o PSI-20 crescido 0,77%. O Stoxx 600, índice de referência, valoriza 1,52%.

 

Juros caem em dia de emissão

Os juros da dívida pública nacional estão a cair no mercado secundário, isto num dia em que Portugal foi ao mercado com uma emissão de dívida a dez e a 28 anos. A agência liderada por Cristina Casalinho colocou 315 milhões de euros na reabertura da linha de Obrigações do Tesouro com maturidade em 2045. A taxa foi de 3,977%. O mercado antecipava que o juro desta operação rondasse os 4%.

Já nos títulos a dez anos foram emitidos 685 milhões de euros. Mas o custo da operação subiu em relação ao último leilão comparável. Hoje, o Estado pagou 3,085%, segundo dados citados pela Bloomberg. No mês passado tinha conseguido financiar-se a dez anos com uma taxa de 2,851%.

A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si descem 4,6 pontos base para 3,105%. Os juros da Alemanha no mesmo prazo estão a subir 2,9 pontos base para 0,579%. O prémio de risco da dívida nacional, medido através da diferença entre a dívida nacional está nos 247,5 pontos.

Euribor mantém-se a 3 e 6 meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três e seis meses, desceram a nove meses para um novo mínimo e subiram a 12 meses em relação a terça-feira.   


A Euribor a três meses manteve-se em -0,331%, pela quarta sessão consecutiva e acima do actual mínimo de sempre. A seis meses, a taxa Euribor, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, também se manteve hoje, pela terceira sessão consecutiva, em -0,273%.


A nove meses, a Euribor desceu hoje para um novo mínimo, ao ser fixada em -0,207%, menos 0,001 pontos do que na sessão anterior. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor foi fixada hoje em -0,154%, mais 0,001 pontos do que na terça-feira.


Euro no vermelho 

A moeda da Zona Euro esteve durante a manhã a subir, tendo chegado a negociar nos 1,1480 dólares (pelas 13:45, hora de Lisboa). Poucos minutos depois a moeda começou a descer e segue a agora a perder 0,48% para 1,1412 dólares. Este pico corresponde mais ou menos à altura em que foram divulgadas as notas relativas ao testemunho de Yellen no Senado.

Inventários caem e petróleo sobe

Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais, numa altura em que os dados oficiais indicam que os inventários de crude nos EUA caíram na semana passada. Concretamente, recuaram 7,56 milhões de barris. Isto apesar de a produção de petróleo em solo americano continuar a crescer: avançou para 9,397 milhões de barris. E a produção norte-americana é precisamente um dos pontos de preocupação dos investidores, dado excesso de oferta mundial.

Além disso, o mercado tem dúvidas quanto à capacidade da OPEP em colocar limites à produção petrolífera da Líbia e Nigéria.

O West Texas Intermediate ganha 0,91% para 45,45 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, valoriza 0,48% para 47,75 dólares.


Ouro brilha graças a Yellen

O ouro está a valorizar, com os investidores a voltarem-se para este activo depois de Janet Yellen ter assumido que a inflação, que continua abaixo da meta traçada, é uma das preocupações da autoridade monetária norte-americana. "Há, por exemplo, incerteza sobre quando – e quanto – é que a inflação vai responder ao aperto da utilização de recursos", podia ler-se nas notas do testemunho de Yellen. O ouro para entrega imediata sobe 0,17% para 1.219,82 dólares por onça.

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