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Dow Jones acima dos 30.000 pontos em semana mais curta em Wall Street

Após ter ameaçado por diversas vezes nas últimas sessões, o Dow Jones superou finalmente esta terça-feira a barreira dos 30.000 pontos. A ajudar estão as vacinas promissoras contra a covid-19 e o facto de estar por fim em andamento a transição formal de poder do presidente Donald Trump para o presidente eleito Joe Biden.

Carla Pedro cpedro@negocios.pt 24 de Novembro de 2020 às 21:14

O Dow Jones fechou hoje a somar 1,54%, para os 30.046,24 pontos e chegou a tocar nos 30.116,51 pontos – naquele que foi um novo máximo histórico.

 

Foi a primeira vez que o índice das "blue chips" chegou – e superou – o mítico patamar dos 30.000 pontos, ao fim de quase 125 anos de existência.

 

O primeiro valor de fecho do Dow, a 26 de maio de 1896, foi nos 40,94 pontos. E não começou com o pé direito, caindo 30% para um mínimo histórico nos 28,48 pontos em agosto desse ano, recorda a CNN Business.

 

O índice passou por 22 presidentes, 24 recessões, uma Grande Depressão e duas pandemias globais. Pelo caminho, também viveu pelo menos dois grandes crashes nas bolsas, inúmeros rallies, correções e mercados ‘bear’ e ‘bull’.

 

O Dow demorou mais de 120 anos a superar o marco dos 20.000 pontos, o que aconteceu pela primeira vez em inícios de 2017, logo após o presidente Donald Trump tomar posse. E em menos de um ano chegou aos 25.000 pontos – a 4 de janeiro de 2018.

 

Mas os últimos três anos, relembra a CNN, foram uma autêntica montanha russa. O Dow e o S&P 500 fecharam 2018 com saldo negativo, naquele que foi o pior ano para as "blue chips" numa década.

 

Wall Street regressou aos ganhos em 2019 mas um forte movimento de sell-off em fevereiro e março deste ano puseram um ponto final no mais longo ‘bull market’ da história, com o novo coronavírus a dizimar o sentimento dos investidores.

 

No entanto, o ‘bear market’ que entretanto se viveu foi de curta duração, com os estímulos governamentais e da Fed a trazerem ânimo às bolsas norte-americanas.

 

Vacinas e Administração Biden


Na sessão desta terça-feira, as bolsas beneficiaram de várias notícias positivas, com destaque para os novos avanços nas vacinas contra a covid-19, bem como para o facto de Trump já ter dito às agências governamentais para ajudarem Joe Biden na transição do poder nos EUA – o que retirou grande incerteza aos mercados.

 

O facto de estar por fim em andamento a transição formal de poder do presidente Donald Trump para o presidente eleito Joe Biden animou grandemente os investidores.

 

Já são também conhecidos os primeiros nomes da equipa da administração Biden na Casa Branca, com destaque para Janet Yellen (ex-presidente da Fed) como secretária do Tesouro.

 

O tecnológico Nasdaq Composite também galgou hoje um patamar, a subir 1,31% para 12.036,78 pontos.

 

Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avançou 1,62% para 3.635,41 pontos.

 

Semana mais curta

 

O ‘rally’ de hoje ocorre numa semana mais curta para os mercados norte-americanos, com os investidores a prepararem-se para a pausa do Dia de Ação de Graças.

 

As bolsas estão encerradas na quinta-feira, para celebração do Thanksgiving, e no dia seguinte – Black Friday – vão negociar apenas durante meia sessão, pelo que é natural os investidores estarem também a aproveitar para tomar posições.

 

Tesla sobressai

 

Um dos destaques do dia foi a Tesla, que escalou mais de 6% para 555 dólares, elevando o seu valor de mercado para 525 mil milhões de dólares.

 

Foi a primeira vez que a fabricante norte-americana de veículos elétricos teve uma capitalização bolsista acima dos 500 mil milhões de dólares.

 

A Tesla vale agora mais do que o valor bolsista agregado da maioria das grandes fabricantes automóveis mundiais: Toyota, Volkswagen, General Motors, Ford, Fiat Chrysler e o seu parceiro de fusão PSA Group.

 

As ações da empresa já sobem 550% desde o início do ano e esta valorização também aumentou a fortuna do seu CEO e co-fundador, Elon Musk, para 127,9 mil milhões de dólares, segundo o índice de Multimilionários da Bloomberg – destronando Bill Gates, co-fundador da Microsoft, do segundo lugar na lista das pessoas mais ricas do mundo.

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