Notícia
Dívida da periferia em estado de alerta com fuga ao risco
Abriram os mercados e os juros da periferia dispararam. O Brexit caiu com estrondo nos investidores, que fugiram do risco. Já a dívida alemã viu as taxas negativas chegarem até aos 15 anos.
Poucos acreditavam que viesse a acontecer. Mas o Brexit ganhou o referendo e o resultado caiu com estrondo entre os investidores. A fuga ao risco na dívida soberana foi imediata e penalizou sobretudo a periferia da Zona Euro. O alerta soou, por isso, em Portugal, Espanha e Itália, que lideraram as subidas em flecha dos juros.
Já a Alemanha brilhou na procura por refúgio, com os juros negativos a alastrarem à dívida a 15 anos.
Durante a madrugada foi conhecido o que poucos queriam ouvir do lado de cá do Canal da Mancha: o "Leave" ganhou e, por isso, o Reino Unido vai sair da União Europeia. E mal os mercados abriram, as ondas de choques espalharam-se. Em menos de meia hora, a taxa de juro das obrigações a dez anos de Portugal tocavam num máximo de 3,710%, traduzindo uma subida de 62 pontos base.
A tendência era semelhante em toda a periferia. As "yields" a dez anos de Espanha e Itália dispararam, respectivamente, um máximo de 36 pontos e 41 pontos. O decorrer da sessão trouxe mais calma, mas mesmo assim ninguém escapou às fortes subidas. A taxa a dez anos de Portugal subiu 26,7 pontos para 3,357%, com o prémio de risco a disparar para 340,4 pontos. Já a "yield" de Espanha avançou 16,5 pontos para 1,632%, ao passo que a de Itália fechou a subir 15,7 pontos para 1,557%.
A ganhar ficaram os países mais robustos da Zona Euro, com os juros da Alemanha a afundar. E não só a taxa a dez anos voltou para negativo, como a dívida a 15 anos estreou-se com o sinal de menos. Atingiu os -0,107%, a beneficiar da procura por refúgio. Também aqui a tendência amenizou e os títulos fecharam a cair 16,6 pontos para 0,023%. Já a "yield" a dez anos recuou 14,0 pontos para -0,0475%.
Já a Alemanha brilhou na procura por refúgio, com os juros negativos a alastrarem à dívida a 15 anos.
Durante a madrugada foi conhecido o que poucos queriam ouvir do lado de cá do Canal da Mancha: o "Leave" ganhou e, por isso, o Reino Unido vai sair da União Europeia. E mal os mercados abriram, as ondas de choques espalharam-se. Em menos de meia hora, a taxa de juro das obrigações a dez anos de Portugal tocavam num máximo de 3,710%, traduzindo uma subida de 62 pontos base.
A ganhar ficaram os países mais robustos da Zona Euro, com os juros da Alemanha a afundar. E não só a taxa a dez anos voltou para negativo, como a dívida a 15 anos estreou-se com o sinal de menos. Atingiu os -0,107%, a beneficiar da procura por refúgio. Também aqui a tendência amenizou e os títulos fecharam a cair 16,6 pontos para 0,023%. Já a "yield" a dez anos recuou 14,0 pontos para -0,0475%.