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Depois da tempestade, PacWest dispara 96% e comanda "rally"
Western Alliance arrecada 50,77% enquanto o PacWest chegou a disparar mais de 95% durante o dia, invertendo a tendência dos últimos dias marcada por um "sell-off". Os analistas acreditam que os investidores foram demasiado pessimistas e que agora estão mudar as suas expectativas.
"Depois da tempestade vem a bonança". A banca regional norte-americana cotada em Wall Street está a cumprir este ditado, numa altura em que o PacWest lidera o "rally".
O banco valoriza 82,65% para 5,79 dólares, tendo chegado a disparar 96,21% durante o dia, o maior ganho intradiário de sempre. Nas últimas quatro horas, o PacWest conseguiu somar mais de 290 milhões de dólares ao seu valor em bolsa.
Também o Western Alliance arrecada 50,77% para 27,44 dólares, tendo durante a negociação chegado a valorizar 59,29%.
Tal foi o movimento disruptivo destas ações, que durante o dia as negociações chegaram a ser interrompidas.
Este "rally" ocorre depois de um tombo nos últimos dias, que se refletiu numa queda de 38,45% no fecho da sessão desta quinta-feira no caso do Western Alliance e num mergulho de 50,62% no que diz respeito ao PacWest.
O sentimento foi pressionado pela notícia – confirmada pelo PacWest – de que o banco estaria a estudar opções estratégicas para o futuro da instituição, incluindo a possibilidade de ser vendido.
No caso do Western Alliance também houve a notícia de que o banco poderia estar a ser vendido, o que a instituição financeira regional negou.
O que motivou este "rally"?
Ainda durante esta sexta-feira, antes do arranque da sessão em Wall Street, o JPMorgan Chase defendeu, numa nota de "research" citada pela Bloomberg, que "com o sentimento tão negativo [na sessão de quinta-feira], na nossa perspetiva, não demorará muito até vermos uma reclassificação favorável significativa das ações da banca regional".
Também a Bloomberg Intelligence acredita que a visão negativa dos investidores foi longe de mais. "É difícil conciliar o sentimento do mercado e a forte liquidez da banca regional norte-americana", considera o analista Heman Chan.
"Os investidores têm uma visão draconiana [demasiado severa] dos modelos operacionais e de capital dos bancos", remata Heman Chan.