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Decisão do BCE deixa bolsa nacional em terreno negativo
O mercado português iniciou o dia a cair mais de 1% depois de ser conhecido que o Banco Central Europeu deixou de aceitar dívida grega como colateral para financiamento do sistema financeiro.
O principal índice da bolsa nacional perde 1,26% para 5.208,65 pontos, com 15 cotadas em queda, uma em alta e duas inalteradas.
O Banco Central Europeu (BCE) elevou a pressão sobre o novo Executivo da Grécia ao deixar de aceitar a dívida pública helénica como colateral para o financiamento do sistema financeiro grego. A decisão, anunciada esta quarta-feira ao início da noite, restringe o acesso directo às linhas directas de crédito da autoridade monetária europeia, ou seja, os bancos deixam de poder usar dívida grega como colateral.
Esta decisão afecta todos os bancos do euro, mas é sobretudo penalizadora para os bancos gregos, pois são estes que têm mais dívida grega em carteira e os que se apresentam com maiores restrições de liquidez, devido à saída de fundos do sistema financeiro e aos receios gerados com as eleições que resultaram na vitória do Syriza.
Em pleno périplo do ministro das Finanças pela Europa, o BCE coloca, assim, uma pressão adicional sobre as autoridades helénicas. Esta quarta-feira, o jornal britânico Financial Times escrevia que o BCE iria colocar entraves à aprovação do plano apresentado pela Grécia como solução para as dificuldades de financiamento do país no período pós-resgate.
São precisamente os títulos do sector bancário que mais penalizam a bolsa nacional. O BCP recua 2,97% para 0,0621 euros e o Banco BPI cai 2,67% para 87,5 cêntimos.
A perder mais de 1% seguem os títulos da EDP, EDP Renováveis, Jerónimo Martins, PT SGPS, Galp Energia e Mota-Engil.
As restantes praças europeias também iniciaram o dia em terreno negativo.
(Notícia actualizada às 08h07)