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De Guindos: BCE vai alertar para risco de "correção desordenada" dos preços dos ativos

Para o vice-presidente do BCE, até agora o mercado tem asistido a uma correção ordenada dos preços dos ativos, porém a volatilidade pode mudar este cenário.

Mário Cruz / Lusa
14 de Novembro de 2022 às 20:26
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O vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, revelou que a autoridade monetária vai alertar para o risco de correção "desordenada" do mercado esta semana, na habitual avaliação semestral sobre a estabilidade financeira na Zona Euro e onde destaca as principais ameaças à região.

"Os riscos de uma nova incorporação dos preços dos ativos e as dificuldades de liquidez tornaram os mercados e as instituições financeira não bancárias sujeitas a um risco de correção desordenado", explicou o número dois da presidente Christine Lagarde.
De Guindos observou que "as partipações dos fundos de investimento em ativos líquidos permanece baixa, pelo que podem assim ampliar uma correção de mercado num cenário de venda forçada [dos títulos]".

Desde a invasão russa à Ucrânia, o mercado tem assistido a vários movimentos de novas incoporações dos cenários nos preços dos ativos que têm sido ordenadas, no entanto, agora "a volatilidade aumentou, levando a efeitos indiretos nas margens e na liquidez", o que pode levar uma incorporação desordenada.

"As avaliações dos ativos continuam sensíveis à trajetória incerta da inflação, à normalização da política monetária e à atividade económica", explicou o vice-presidente do BCE.

Este cenário aponta, na ótica do número dois do BCE, "para riscos de mais perdas, especialmente para insituições alavancadas e com menor liquidez".

Luis de Guindos alertou ainda para a possibilidade de haver um risco de crédito para os bancos, devido às vulnerabilidades que estão a ser vividas pelo setor imobiliário, apesar dos fortes resultados que têm sido registados pela banca.

Em termos de política monetária, o governador espanhol manteve o discurso da presidente Christine Lagarde, salientando que a política monetária do banco central deve manter-se "focada em reduzir o apoio à procura". Ainda assim, "as próximas decisões sobre as taxas de juro irão depender dos dados e serão tomadas numa aborgadem reunião a reunião", acrescentou.
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