Notícia
BCE pondera retirar liquidez do sistema bancário para compensar novas compras de dívida
A autoridade monetária pretende acompanhar as compras de ativos com operações que permitam aos bancos realizar depósitos no BCE em troca de uma taxa de juro superior à taxa de juro de referência.
O Banco Central Europeu (BCE) pode começar a retirar liquidez do sistema bancário para evitar um possível aumento nos custos de financiamento da maior parte dos países da Zona Euro nos mercados. A medida foi avançada por duas fontes do banco central à Reuters e, a confirmar-se, deverá ser anunciada em breve.
O "choque" provocado nos mercados com o anúncio do fim das compras líquidas de dívida pública e privada, no âmbito do programa regular de aquisições no terceiro trimestre do ano, levou o BCE a anunciar que vai comprar dívida de forma mais flexível, bem como acelerar a implementação de um novo instrumento "anti-fragmentação".
Para acalmar os mercados (com os juros em Itália e nos países mais endividados a dispararem), foi anunciado que o banco central vai injetar o dinheiro das obrigações que foram compradas no Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP), que acabou em março, à medida que os títulos forem atingindo as maturidades previstas.
Mas essa flexibilização na compra de dívida deixa o BCE na difícil posição de ter de aumentar os custos dos empréstimos na Zona Euro como um todo, ao mesmo tempo que procura assegurar que o impacto desse aumento nas taxas a que os Estados-membros com mais dificuldades se vão financiar seja limitado.
Para evitar essa "contradição", o banco central está a ponderar fazer com que as futuras compras de ativos sejam acompanhadas por operações que permitam aos bancos realizar depósitos no BCE em troca de uma taxa de juro superior à taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito. Essa ferramenta é conhecida como "absorção de liquidez" e tem sido usada há mais de uma década.
Essa solução foi proposta pelo presidente do Banco de Itália, Ignazio Visco, mas fonte do BCE recusou-se a comentar. Os detalhes sobre o novo acordo deverão ser apresentados na próxima reunião de política monetária marcada para 21 de julho.
A Zona Euro tem um excesso de liquidez no sistema bancário de cerca de 4,48 biliões de euros, que resultam de vários resgates que foram feitos nos últimos anos para apoiar o crédito e a atividade económica.
O "choque" provocado nos mercados com o anúncio do fim das compras líquidas de dívida pública e privada, no âmbito do programa regular de aquisições no terceiro trimestre do ano, levou o BCE a anunciar que vai comprar dívida de forma mais flexível, bem como acelerar a implementação de um novo instrumento "anti-fragmentação".
Mas essa flexibilização na compra de dívida deixa o BCE na difícil posição de ter de aumentar os custos dos empréstimos na Zona Euro como um todo, ao mesmo tempo que procura assegurar que o impacto desse aumento nas taxas a que os Estados-membros com mais dificuldades se vão financiar seja limitado.
Para evitar essa "contradição", o banco central está a ponderar fazer com que as futuras compras de ativos sejam acompanhadas por operações que permitam aos bancos realizar depósitos no BCE em troca de uma taxa de juro superior à taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito. Essa ferramenta é conhecida como "absorção de liquidez" e tem sido usada há mais de uma década.
Essa solução foi proposta pelo presidente do Banco de Itália, Ignazio Visco, mas fonte do BCE recusou-se a comentar. Os detalhes sobre o novo acordo deverão ser apresentados na próxima reunião de política monetária marcada para 21 de julho.
A Zona Euro tem um excesso de liquidez no sistema bancário de cerca de 4,48 biliões de euros, que resultam de vários resgates que foram feitos nos últimos anos para apoiar o crédito e a atividade económica.