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Dados positivos do retalho dão força a Wall Street

O início de sessão desta terça-feira volta a ser de ganhos para as praças norte-americanas, onde as negociações são marcadas pelo alívio da tensão EUA-Coreia do Norte e por dados positivos do comércio conhecidos antes da abertura dos mercados.

Se a primeira reacção das bolsas à vitória eleitoral de Donald Trump foi de pânico, rapidamente esse sentimento deu lugar à euforia, com os investidores a fazerem contas aos ganhos que a política económica de Donald Trump pode proporcionar. Descida de impostos para as empresas e um forte investimento em infra-estruturas são duas das cenouras que atraem os investidores, mesmo havendo alguma incerteza sobre a capacidade de pôr em prática os ambiciosos planos do Presidente. Desde a tomada de posse, as acções americanas sobem 4%, renovando sucessivos recordes. O que também está a subir são as taxas de juro das obrigações, um movimento que provocou uma reavaliação global dos juros da dívida.
reuters
15 de Agosto de 2017 às 14:35
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O sinal verde voltou a estender-se ao início das negociações nas praças norte-americanas esta terça-feira, 15 de Agosto, depois de dissipada parcialmente a tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte e após serem conhecidos dados positivos sobre a evolução da maior economia do mundo.

Os ganhos de início de sessão foram ligeiros, com o S&P 500 a somar 0,07% para 2.467,62 pontos, o tecnológico Nasdaq a ganhar 0,09% para 6.346,08 pontos e o Dow Jones a avançar 0,14% para 22.024,95 pontos.

A sustentar as praças estão bons dados da área do comércio, com as vendas a retalho nos Estados Unidos a registarem em Julho o maior crescimento em sete meses, impulsionadas pelo comércio de automóveis, sinalizando que a economia continuará a ganhar fôlego no terceiro trimestre. No mês passado, as vendas cresceram 0,6% contra os 0,4% esperados pelos analistas sondados pela Reuters. 

A reflectir os valores positivos do comércio está o dólar, que avança 0,187% face à moeda única, para 0,8507 euros.

"Penso que um pouco do efeito da Coreia do Norte se retraiu, as coisas estão a regressar à normalidade. As companhias norte-americanas e os mercados têm beneficiado também da expansão económica global. Pela primeira vez em vários anos há muitas economias a nível mundial a registar progressos", disse Mark Spellman, da Alpine Funds, à Reuters.

A escapar às valorizações estão, contudo, os títulos de uma gigante do sector, a Home Depot, que caem 0,4% para 153,65 dólares, apesar de ter ultrapassado pelo 13.º trimestre consecutivo as previsões de lucro dos analistas, de ter tido mais receitas que o esperado e de ter revisto em alta os seus objectivos para o conjunto do ano. Um comportamento da acção que demonstra preocupações dos investidores de que o mercado imobiliário - que sustenta o crescimento da Home Depot - possa enfraquecer.

Os títulos da Synchrony Financial somam 2,6% para 30,41 dólares depois da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, ter anunciado a compra de 17,5 milhões de acções nesta empresa que emite cartões de crédito. Já a Advance Auto Parts afunda mais de 20% para 86,73 dólares, após ter revisto em baixa as previsões de vendas comparáveis em 2017.

(Notícia actualizada às 14:54 com mais informação)
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