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CTT afundam após novas exigências da Anacom

As acções dos CTT estão a registar uma forte queda, depois do regulador ter estipulado metas mais exigentes. O BPI não fez alterações na sua avaliação, mas admite que as novas medidas poderão ditar um corte de avaliação de 0,35 euros por acção.

A empresa de correios é outra das cotadas com uma taxa de rentabilidade do dividendo elevado. Os CTT propõem um dividendo de 47 cêntimos por acção, o que tem implícito um retorno de 5,91% face ao valor das acções.
Miguel Baltazar
12 de Janeiro de 2018 às 10:36
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O regulador das comunicações determinou os objectivos que os CTT têm de atingir na entrega de correio a partir de 1 de Julho e que vigorarão até 2020. Se tivesse por base o serviço de 2016, os CTT falhariam em muitas dessas metas. Trata-se de um projecto de decisão, através do qual a Anacom aperta os critérios de qualidade de serviço que os CTT têm de cumprir, passando a ser 24 os indicadores estabelecidos, em vez dos actuais 11.

 

As acções estão a reagir em forte queda, recuando 6,96% para 3,582 euros, tendo já perdido um máximo de 7,01% esta manhã. E com um volume muito acentuado. Ainda não eram 10:25 e já tinham trocado de mãos mais de 1,6 milhões de títulos dos CTT, o que compara com uma média diária inferior a 1,2 milhões registada nos últimos seis meses.  

 

BPI admite um corte de avaliação

O BPI decidiu manter a avaliação dos CTT, depois de conhecidos os novos critérios de qualidade de serviço exigidos pelo regulador, a Anacom, aos correios. Mas deixa alguns alertas, admitindo que o impacto possa ser elevado.

 

"A partilha de poupanças de custos e a eliminação das margens de reserva de serviços parecem ser medidas duras", mas, admitem os analistas, estas estão em linha com o que é praticado noutros negócios regulados.

 

O BPI, tendo por base as suas previsões de redução de custos, estima que "a partilha diminui a avaliação em cerca de 0,35 euros por acção".

 

Actualmente o BPI tem uma avaliação de 4,70 euros para os CTT, o que confere às acções um potencial de subida superior a 30% face à actual cotação (3,582 euros). Um corte de 0,35 euros coloca a avaliação deste banco de investimento nos 4,35 euros, ou seja, 21% acima do preço actual das acções.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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