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Crise turca continua a "fazer estragos" mas não impede recordes da Apple e Amazon

As bolsas norte-americanas encerraram no vermelho, penalizadas pela crise que se vive na Turquia, numa altura em que a forte desvalorização da lira e a subida dos juros soberanos do país têm contagiado negativamente os restantes mercados. Nem o bom desempenho das tecnológicas conseguiu ofuscar estes receios mas ajudou a manter o Nasdaq praticamente à tona.

Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 13 de Agosto de 2018 às 21:07

O Dow Jones fechou a recuar 0,50% para 25.187,50 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,40% para 2.821,93 pontos.

 

Por seu lado, o Nasdaq Composite foi o que menos resvalou, ao deslizar 0,25% para 7.819,71 pontos. O índice tecnológico conseguiu manter-se no verde durante grande parte da sessão, mas acabou por ser influenciado pelo sentimento geral, se bem que a boa performance de algumas das suas principais integrantes tenha ajudado a que a descida não fosse expressiva.

 

A lira turca continua a estabelecer novos mínimos históricos, sobretudo devido à incapacidade de o banco central do país controlar a inflação e em resultado das preocupações em torno da guerra diplomática com os Estados Unidos.

 

As medidas do banco central tomadas hoje para travar a queda da sua moeda não foram suficientes e a depreciação da lira acabou por arrastar as divisas dos emergentes. Os receios em torno da Turquia estão a afastar os investidores das acções e a favorecer o dólar.

 

Além disso, as bolsas também têm estado a ser penalizadas pelo facto de muitas cotadas terem exposição à Turquia, como é o caso da banca.

 

Tal como na Europa, nos Estados Unidos foram as acções do sector financeiro que mais sofreram com os receios em torno da Turquia.

 

O Citigroup Inc, Bank of America Corp, Wells Fargo & Co e JPMorgan Chase & Co registaram descidas entre 0,5% e 1,5%.

 

Os investidores continuam bastante sensíveis a quaisquer riscos num sector que perdeu milhares de milhões com a crise na Grécia e que estão ainda a caminho de recuperarem a rentabilidade pré-crise financeira de 2008.

Os máximos da Apple e da Amazon

 

Do lado dos ganhos, o sector tecnológico foi um dos poucos que brilhou entre as 11 grandes categorias representadas no S&P 500.

 

Apesar de o Nasdaq não ter conseguido fechar em alta, as suas componentes mantiveram o índice bastante sustentado. A Apple e a Amazon ajudaram, ao atingirem novos máximos históricos.

 

A empresa da maçã contribuiu para a valorização do sector ao fixar um novo máximo de sempre, nos 210,952 dólares, numa altura em que a primeira cotada norte-americana a ter uma capitalização bolsista de 1 bilião de dólares continua a ganhar com os bons resultados trimestrais apresentados. No fecho da sessão, ganhou 0,90% para 209,40 dólares.

 

Também a Amazon atingiu recordes, ao negociar pela primeira vez nos 1.925 dólares por acção, tendo a empresa de comércio electrónico liderada por Jeff Bezos encerrado depois a subir 0,52% para 1.896,20 dólares.

 

Já a Netflix anunciou a saída do seu director financeiro, David Wells, pelo que a empresa de streaming cedeu 1,32% para 341,31 dólares.

 

Uma das cotadas que também pesou hoje em Wall Street foi a Harley Davidson, que mergulhou 4,35% para 41,38 dólares, depois de ontem o presidente norte-americano, Donald Trump, ter defendido um boicote à fabricante de motorizadas.

A época de apresentação dos resultados do segundo trimestre está prestes a terminar nos EUA. Até agora, 455 das 500 cotadas que compõem o S&P 500 já divulgaram as suas contas, com 79% a superarem as estimativas dos analistas, segundo a Reuters.

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