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Crise em Itália também contagia Wall Street
Depois de um fim-de-semana prolongado, as acções norte-americanas estão a seguir o desempenho negativo das congéneres europeias numa sessão marcada pelos efeitos da crise política em Itália.
As bolsas norte-americanas abriram em queda, em linha com as praças europeias, que estão a ser contagiadas pela crise em Itália, que está a levar os investidores a saírem dos activos de maior risco, como é o caso das acções.
O Dow Jones desce 0,79% para 24.557,27 pontos e o Nasdaq cai 0,44% para 7.400,98 pontos. O S&P500 cai 0,71% para 2.702 pontos.
Nas bolsas europeias as quedas são mais intensas – o Stoxx600 desvaloriza 1,2% - com os investidores a temerem que o novo governo em Itália será incapaz de apresentar um programa que seja aceite pelo Parlamento. Tal levará à realização de novas eleições depois de Agosto, sendo que as sondagens apontam para o reforço dos votos no Movimento 5 Estrelas e na Liga, partidos populistas que podem deixar o país mais perto de sair do euro.
A crise em Itália está a fazer lembrar os tempos da crise do euro em 2012, já que os juros das obrigações soberanas de Itália estão a disparar mais de 100 pontos base nas maturidades mais curtas, numa subida que de acordo com a Reuters é a mais forte em 26 anos.
"Estes desenvolvimentos são preocupantes. O mercado adoptou um tom completamente diferente e já não acreditam no que os partidos [italianos] estão a dizer. Não se espera uma nova narrativa" até que as perspectivas para Itália sem mais claras, afirmou Alessio de Longis, da Oppenheimer, em declarações à Bloomberg.
Tal como nas praças europeias, é o sector financeiro que está a ser o mais penalizado pelo contágio com a crise em Itália. As acções do Ciitigroup, JPMorgan e Goldman Sachs marcam perdas entre 1,2% e 1,6%.
A queda dos preços do petróleo também está a pesar no andamento dos índices. A Exxon Mobil cai 0,4%, a Chevron desce 0,8% e a Halliburton desvaloriza 1,5%.
(Notícia actualizada às 14:50 com mais informação)