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Construtoras disparam em bolsa após adjudicações de novos contratos

Os títulos das construtoras nacionais presentes na Bolsa de Lisboa têm estado em destaque. Na sessão desta quinta-feira, a Mota-Engil e a Soares da Costa seguem em máximos de alguns anos e a Teixeira Duarte negoceia num máximo histórico depois de a empresa ter confirmado que celebrou um contrato na Venezuela, para a construção de uma auto-estrada.

Bloomberg
16 de Janeiro de 2014 às 12:58
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As acções da Teixeira Duarte na Bolsa de Lisboa já tocaram, esta quinta-feira, num máximo desde que negoceiam em bolsa (2010) quando atingiram os 1,44 euros. Apesar da Teixeira Duarte estar cotada em bolsa desde 1998, em 2010 a empresa fez uma reestruturação tendo realizado um processo de troca de acções e passado a cotar uma nova empresa: a Teixeira Duarte SA. 

 

A motivar a subida da construtora liderada por Pedro Teixeira (na foto) está a confirmação de que a empresa celebrou um contrato na Venezuela, para a construção de uma auto-estrada, no valor de 4,787 mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros).

 

Por esta altura, os títulos seguem a disparar 18,10% para 1,24 euros e já trocaram de mãos mais de 3,4 milhões títulos quando a média diária é de cerca de 131 mil. Desde o início do ano, a empresa subiu 39,33%. Numa nota de research, o BPI sublinha o impacto positivo deste contrato que, por si só, representa 1,5 vezes a totalidade dos projectos em carteira da Teixeira Duarte. 

 

Já o grupo Soares da Costa está, por esta altura, a subir 16,95% para os 0,69 euros na Bolsa de Lisboa, tendo já hoje tocado no valor mais elevado de Outubro de 2010. O volume de acções transaccionadas na sessão de hoje ascende a mais de cinco milhões, sendo que a média diária é de cerca de 409 mil. Já ontem a empresa liderada por Castro Henriques tinha encerrado com uma valorização expressiva, tendo subido 25,53% para os 0,59 euros.

 

A empresa comunicou esta manhã à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários que ganhou a adjudicação de uma nova obra em Moçambique que “consiste no reforço de quatro pontes e na construção de oito novas pontes ferroviárias, com um valor de 30,5 milhões de dólares”, ou seja, 22,4 milhões de euros.

 

Por fim, a Mota-Engil, que negoceia no PSI-20, segue a subir 2,37% para 5,484 euros, sendo que já trocaram de mãos mais de 474 mil acções. Desde o dia 2 de Janeiro que a construtora não sabe o que são perdas, estando já a somar, desde o arranque de 2014,  26,86%. A 14 de Janeiro, o Negócios escreveu que a empresa liderada por Gonçalo Gomes de Andrade tem maior carteira de encomendas de sempre, rondando actualmente os 4 mil milhões de euros.

 

Igualmente neste dia, o Negócios escreveu que, segundo apurou, o processo de colocação em bolsa da unidade africana – a Mota-Engil África - decorre o seu processo normal a nível administrativo com os "advisers", não tendo ainda sido seleccionado o mercado onde se irá cotar o papel. Em aberto estão as soluções já tornadas públicas (praças de Lisboa, Londres ou Amesterdão).

 

Ainda assim definido está que os investidores que queiram ter acesso à Mota-Engil África terão de ter acções da Mota-Engil no dia 16 de Janeiro. Ou seja, esta quinta-feira é o último dia em que as acções da construtora negoceiam com direito à unidade africana. Amanhã, 17 de Janeiro, o dividendo extraordinário  - que será pago com os direitos a acções da Mota-Engil África - será descontado.

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