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Comentário de abertura: Tensão Ucrânia penaliza acções e impulsiona petróleo
As acções asiáticas perdem terreno na primeira sessão da semana. A matéria-prima sobe mais de 2% em Londres.
A escalada da tensão geopolítica na Ucrânia subiu de tom este fim-de-semana, depois de
Vladimir Putin, presidente da Rússia, ter pedido autorização ao Parlamento para enviar militares para a região ucraniana de Crimeia. Antes disso, a Ucrânia tinha acusado a Rússia de enviar centenas de militares para a Crimeia e de ter colocado as suas forças armadas em alerta máximo.
O Reino Unido, França e Estados Unidos já anunciaram que decidiram suspender a sua participação nas reuniões preparatórias da cimeira do G8, prevista para decorrer em Junho na cidade russa de Sochi. Já o Canadá decidiu suspender a sua participação na cimeira.
Uma tensão que está a preocupar os investidores e leva as acções asiáticas a negociarem em terreno negativo. Também a queda da produção industrial na China para um mínimo de oito meses pesa neste comportamento. O índice MSCI Asia Pacific cede 0,7% para os 136,94 pontos. As praças japonesas já terminaram a sessão, com o Nikkei a ceder 1,27% para os 14.652,23 pontos, enquanto o Topix depreciou 1,23% para os 1.196,76 pontos.
Em sentido inverso, os preços do petróleo beneficiam de um aumento da tensão entre a Ucrânia e a Rússia, o maior exportador de energia do mundo. A perspectiva de uma quebra na oferta justifica uma subida dos preços da matéria-prima.
Em Londres, o Brent, crude de referência para as importações portuguesas, soma 2,04% para os 111,30 dólares por barril. Um ganho que é acompanhado em Nova Iorque, onde o West Texas Intermediate (WTI) aprecia 1,60% para os 104,23 dólares por barril.
A queda do dólar face ao euro impede, no entanto, um ganho mais expressivo ao diminuir a atractividade do o investimento em matérias-primas que são denominadas na moeda norte-americana. O euro desce 0,13% para os 1,3785 dólares. A tensão na Ucrânia aumenta a procura por activos percepcionados como mais seguros, como é o caso do dólar.