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CMVM impede aposta na queda do BES e da Jerónimo Martins

Eesta quinta-feira, os investidores não vão poder apostar na desvalorização das acções do BES e da Jerónimo Martins, o chamado "short selling". A proibição no banco vai ocorrer depois de revelados os resultados do primeiro semestre.

30 de Julho de 2014 às 18:57
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu impedir que, na sessão desta quinta-feira, os investidores apostem na desvalorização das acções do Banco Espírito Santo e da Jerónimo Martins. Esta quarta-feira, o BES e a Jerónimo caíram mais de 10%.

 

"A flutuação do preço das acções em causa não pode excluir a ocorrência de um fenómeno de especulação com impacto negativo", indica o regulador do mercado de capitais liderado por Carlos Tavares no comunicado em que dá conta da proibição da prática de "short selling" na sessão de quinta-feira, 31 de Julho. A proibição das vendas a descoberto das acções, prática que consiste na aposta na perda de valor das acções, inicia-se às 00h de 31 de Julho e prolonga-se até às 23h59 do mesmo dia.

 

O regulador do mercado de capitais pode, por determinado período de tempo, restringir a venda a descoberto de instrumentos financeiros. O limiar definido para que esse poder possa ser exercido é uma descida igual ou superior a 10% do preço das acções. Foi isso que aconteceu na sessão desta quarta-feira.

 

O BES perdeu 10,57% para 0,347 euros, a cotação de fecho mais baixa de sempre, com os investidores a temerem a apresentação de prejuízos recorde, em torno de 3 mil milhões de euros, no primeiro semestre.

 

Já a dona dos supermercados Pingo Doce fechou nos 10,10 euros, o preço mais reduzido desde Outubro de 2010, depois de resvalar 13,53%, na sequência da apresentação de resultados que ficaram aquém do esperado pelos analistas.

 

Sexta proibição do BES

 

O banco agora liderado por Vítor Bento tem sido alvo de vários momentos de suspensão. O regulador tem optado por manter a negociação do BES sob algumas restrições, por vários momentos, na medida em que tem vivido um período delicado, como a saída da antiga administração ou os problemas em torno do Grupo Espírito Santo, dono do seu principal accionista Espírito Santo Financial Group.

 

Esta quarta-feira, o BES vai revelar o seu resultado do primeiro semestre e os números que têm sido avançados apontam para um prejuízo em torno de 3 mil milhões de euros. O "short selling" será proibido no dia em que os investidores irão reagir a estes números.

 

Será o sexto dia de suspensão das venda a descoberto para o BES este mês. Já havia acontecido nos dias 1, 11, 14, 15 e 16.

 

 

 

 

 

 

(Notícia actualizada com mais informações às 19h21)

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