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Cinco cotadas concentram mais de metade dos "research" na bolsa portuguesa

Foram emitidos 453 "research" para as cotadas portuguesas entre outubro de 2017 e setembro de 2018, segundo o relatório da CMVM divulgado esta quarta-feira.

As bolsas mundiais viveram um período dourado de ganhos. Mas a chegada de 2018 inverteu a tendência de ganhos nos mercados financeiros globais. Após anos de máximos e com um nível de volatilidade crescente nos mercados, os especialistas recomendam maior cautela na hora de investir. A aposta recai em empresas de qualidade. 

'O foco continua a estar no crescimento do lucro por acção e nos nomes que podem entregar este crescimento a médio prazo', refere a Amundi. A gestora alerta para uma rotação no mercado para empresas de maior qualidade e realça que prefere empresas norte-americanas, devido ao ambiente de forte subida dos lucros e 'ao facto de os riscos relacionados com a regulação terem sido identificados e descontados [no valor das cotações]. A Pictet também aponta uma estratégia mais defensiva, identificando oportunidades no sector do consumo e da saúde, ao mesmo tempo que passou a assumir uma posição 'neutral' no sector financeiro, face aos riscos actuais.

'No bloco europeu, os sectores de telecoms e 'utilities' continuam a apresentar múltiplos de PER com o maior desconto face à mediana, sendo penalizados pela superior
alavancagem dos seus balanços', nota o BiG, no seu 'outlook' para o terceiro trimestre. O sector industrial, de cuidados de saúde e consumo são outros em que o banco vê oportunidades na Europa.
Reuters
24 de Abril de 2019 às 13:09
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O número de intermediários financeiros que acompanham as cotadas portuguesas diminuiu no último ano. Segundo um relatório divulgado esta quarta-feira pela CMVM, além de haver menos entidades a seguir as empresas nacionais, os relatórios produzidos concentram-se num reduzido número de títulos. Cinco companhias recolheram mais de metade dos "research" emitidos.


Entre outubro de 2017 e setembro de 2018 foram produzidos 453 relatórios de research, uma média de 35 relatórios por mês, produzidos por 34 intermediários financeiros, conclui o relatório anual sobre a atividade de análise financeira da CMVM. De acordo com o mesmo documento, estas notas incidiram sobre 23 títulos. Contudo, 58% dos relatórios estavam concentrados em cinco títulos: EDP, Galp Energia, Jerónimo Martins, EDP Renováveis e Nos.


A Galp Energia foi a empresa que foi alvo de mais análises, ao longo do período analisado. Ao todo, foram emitidos 82 "research" para a petrolífera. Já a elétrica recebeu 60 alterações de "target" ou de recomendação. A retalhista teve 51 notas de investimento, enquanto a EDP Renováveis e a Nos tiveram 38 e 32 "research", respetivamente.


São também estas cotadas que são seguidas por um maior número de intermediários. Segundo a CMVM, "EDP, EDP Renováveis, Galp Energia e Jerónimo Martins tiveram a cobertura de mais de 20 intermediários financeiros". Já "no que respeita à emissão de recomendações por título, foi retomada a cobertura da Ramada e da Sonae Indústria, o que não se tinha verificado nos últimos dois anos".


BPI é o mais ativo


Em termos de intermediário financeiro, o Caixabank BPI continua a ser a entidade mais ativa na bolsa portuguesa. Entre outubro de 2017 e setembro de 2018, o banco de investimento emitiu 54 notas de "research" para as cotadas portuguesas.

O Goldman Sachs foi outra das instituições que se revelou ativa no acompanhamento dos títulos nacionais. O gigante de Wall Street apenas segue oito empresas, contudo atualizou as suas perspetivas para estas companhias por 32 vezes durante o ano em análise.

O Haitong, o CaixaBI, a Intermoney e o JB Capital Markets emitiram mais de duas dezenas de "research" durante o período analisado. Já em termos de cobertura, é o CaixaBI quem segue o maior número de empresas cotadas na praça nacional: 19.

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