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CEO da Euronext está "confiante" que a TotalEnergies continue a negociar em Paris

A petrolífera francesa está a pensar em mudar-se para Nova Iorque, para obter melhores avaliações e mais investidores que não estejam tão preocupados com questões de sustentabilidade.

total totalenergies
GONZALO FUENTES /Reuters
15 de Maio de 2024 às 14:00
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O CEO da Euronext Stephane Boujnah disse esta quarta-feira que está confiante que a TotalEnergies continue cotada em Paris, numa altura em que as petrolíferas começam a preferir as bolsas de Nova Iorque, pelos investidores serem mais flexíveis com as métricas ambientais, sociais e de governo corporativo (ESG, na sigla em inglês).

A petrolífera francesa disse que está a estudar a possibilidade de passar a negociar na bolsa de Nova Iorque, embora a Euronext esteja a tentar evitar que a mudança aconteça.

"Estou confiante de que encontraremos soluções técnicas para que a Total permaneça cotada onde há liquidez", disse Stephane Boujnah, CEO da Euronext, numa entrevista à Bloomberg TV esta quarta-feira, sublinhando que a liquidez é "consideravelmente melhor" na Europa do que nos Estados Unidos

As bolsas europeias estão a ter dificuldades em manter as empresas que acreditam poder obter avaliações mais elevadas e acesso a um maior número de investidores nos Estados Unidos. O desejo de mudar para os Estados Unidos é ainda mais forte no caso das grandes petrolíferas, que são mais bem vistas pelos gestores de fundos de investimento em Wall Street, que prestam menos atenção às métricas ESG do que os seus pares europeus, refere a agência de notícias.

O CEO da petrolífera, Patrick Pouyanne, disse mesmo que a proposta para uma potencial mudança está a ser estudada e vai ser apresentada ao conselho de administração em setembro. "Não há emoções - é uma questão de negócios", disse Pouyanne, citado pela Bloomberg, adicionando que têm tido um incremento de "acionistas americanos".

Em sentido contrário, o CEO da petrolífera sublinha também que há "menos acionistas europeus, incluindo franceses, provavelmente devido a todo o debate sobre ESG". Além disso, "existe uma grande diferença de avaliação entre o mercado norte-americano e o mercado europeu. Por isso, o conselho de administração tem o dever de estudar" a proposta, conclui.
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