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Cancelamento de cimeira Trump-Kim penaliza bolsas. Mas Netflix brilha e eclipsa Disney

As principais bolsas norte-americanas fecharam em queda, devido sobretudo ao cancelamento da cimeira entre Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, e à ideia do presidente dos EUA de impor novas tarifas à importação de carros.

Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 24 de Maio de 2018 às 21:13

O Dow Jones fechou a sessão desta quinta-feira a ceder 0,30% para 24.811,34 pontos e o Standard & Poor’s 500 retrocedeu 0,20% para 2.727,76 pontos.

 

Por seu lado, o Nasdaq Composite deslizou 0,02%, a valer 7.424,43 pontos. A valer ao índice tecnológico esteve sobretudo a Netflix.

 

A decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de cancelar a cimeira com a Coreia do Norte, a par da ameaça de impor tarifas sobre os carros importados, penalizou as bolsas de todo o mundo e Wall Street não foi excepção.

 

Cumprindo a "ameaça" feita dois dias antes, Donald Trump anunciou hoje que se vai encontrar com o líder norte-coreano a 12 de Junho em Singapura, como estava previsto. A cimeira nesta altura seria "inapropriada", explicou o presidente dos EUA a Kim Jong-un, criticando "a tremenda raiva e hostilidade visível" na declaração recente do líder norte-coreano.


Trump enviou a carta ao líder norte-coreano poucas horas depois de Pyongyang ter anunciado que  fez explodir os túneis da base de Punggye-ri, onde têm sido realizados os seus testes nucleares.

 

Esta decisão seguiu-se às declarações de ontem do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que disse que o seu país preferia afastar-se da Coreia do Norte do que assinar um mau acordo.

 

Pompeo disse esta quarta-feira que Washington estava preparada para virar costas às conversações com Pyongyang sobre o nuclear se o encontro entre Trump e Kim Jong-Un não correr como esperado. "Um mau acordo não é opção", declarou Pompeo, citado pela Reuters. "O povo americano está a contar connosco para chegarmos à solução certa. Se não tivermos o acordo certo em cima da mesa, iremos respeitosamente embora", acrescentou.

 

O presidente dos EUA já tinha dito na terça-feira que havia "uma forte probabilidade" de o seu encontro com o líder norte-coreano não acontecer a 12 de Junho. Tudo porque, justificou, Jong-Un parece estar a resistir à ideia de abandonar as suas armas nucleares.

 

Os receios intensificaram-se quando os EUA garantiram, já ao início da noite, em conferência de imprensa, que estão preparados para "lutar esta noite" com a Coreia do Norte, caso seja necessário. "Sempre foi assim", assegurou a porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Dana White, no Pentágono.

 

Por outro lado, ontem depois do fecho das bolsas norte-americanas, sopraram novas pressões de Washington, com o sector automóvel a ser alvo de medidas proteccionistas por parte do presidente dos EUA.

 

Um responsável da Casa Branca disse à Reuters que Donald Trump estava a ponderar impor novas tarifas sobre os carros importados por questões de "segurança nacional" – a mesma justificação dada quando se tratou do aço e do alumínio.

 

Essa notícia contribuiu também para a instabilidade vivida hoje nas bolsas.

 

A brilhar do outro lado do Atlântico esteve a gigante do streaming de filmes e séries de TV, a Netflix, que encerrou a ganhar 1,33% para 349,29 dólares. O seu valor de mercado disparou para um recorde de 153 mil milhões de dólares, eclipsando assim a Walt Disney pela primeira vez, ao tornar-se a empresa de entretenimento mais valiosa do mundo, refere a Reuters.

 

A contribuir esteve uma "monumental transição" dos espectadores dos cinemas para a TV por cabo.

 

Amanhã, a sessão bolsista será mais curta nos EUA [encerrando às 19:00 de Lisboa e não às 21:00, como de costume] devido ao fim-de-semana prolongado com a celebração na segunda-feira do Memorial Day.

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